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Novo relatório da ONU denuncia Israel de vários crimes de guerra

O documento conclui que uma série de ataques israelenses são exemplificadas nestes seis ataques concretos ocorridos entre 9 de outubro e 2 de dezembro

Publicado em: 19/06/2024 17:45

O relatório também acusa o governo israelense de crimes de extermínio e crimes contra a humanidade  (foto: RABIH DAHER / AFP)
O relatório também acusa o governo israelense de crimes de extermínio e crimes contra a humanidade (foto: RABIH DAHER / AFP)

O alto comissariado da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou que Israel violou as leis da guerra e que os ataques a Faixa de Gaza não protegeram a população, nem as infraestruturas civis. "A obrigação de escolher meios e métodos de guerra que evitem ou, pelo menos, minimizem ao máximo os danos possíveis aos civis parece ter sido sistematicamente violada durante a campanha de bombardeios de Israel", declarou Türk.

 

“O uso de bombas pesadas na ofensiva contra a Faixa de Gaza viola as leis da guerra e o direito internacional, acrescentou o Gabinete da ONU de Direitos Humanos (OHCHR).

 

Num relatório publicado hoje, o OHCHR divulgou detalhes sobre seis ataques concretos das forças israelitas a Gaza que diz serem emblemáticos pelo padrão preocupante relacionado com o uso de bombas de 900 quilos contra edifícios residenciais, uma escola, campos de refugiados e um mercado de rua. A instituição afirma que confirmou que pelo menos 218 pessoas morreram nesses ataques, mas que o número pode ser muito superior. O documento conclui que uma série de ataques israelitas são exemplificadas nestes seis ataques concretos ocorridos entre 9 de outubro e 2 de dezembro, e sugerem que o exército israelita tem violado repetidamente os princípios fundamentais das leis da guerra.

 

O relatório também acusa o governo israelita de crimes de extermínio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade nos territórios palestinos ocupados, citando até ataques intencionais contra civis.

 

A responsável por elaborar um inquérito da ONU sobre as ações de Israel em Gaza denunciou o exército israelita de "extermínio" dos palestinos. Num encontro do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, a chefe da comissão de inquérito da ONU, Navi Pillay, defendeu que os culpados pelos abusos devem ser responsabilizados. “As descobertas no decorrer da investigação serão divulgadas na íntegra no final desta semana e mostram que quer militantes do Hamas, quer Israel, têm cometido crimes de guerra neste conflito” avançou Pillay, acrescentando, no entanto, que Israel é responsável pelos abusos mais sérios da lei internacional conhecidos como crimes contra a humanidade. “A escala de perdas de vidas civis palestinas corresponde a extermínio. Apuramos que números imensos de baixas civis em Gaza e a destruição generalizada de objetos e infraestruturas civis são um resultado inevitável de uma

estratégia intencional para causar o máximo de danos", indicou.

 

A ofensiva militar de Israel causou até agora cerca de 37.396 mortos e 85.523 feridos desde 7 de outubro. Somente nas últimas 24 horas aproximadamente 24 palestinos foram mortos e 71 ficaram feridos.

 

Israel reagiu ao relatório e assegura que o mais recente relatório do gabinete de Direitos Humanos da ONU sobre possíveis crimes contra a humanidade cometidos em Gaza, só tem como único objetivo isolá-lo e proteger ainda mais os terroristas do Hamas.

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