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Indústria marítima mundial pede ação urgente contra os Houthis

Desde novembro de 2023, os Houthis lançam dezenas de ataques com drones e mísseis contra navios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden

Publicado em: 19/06/2024 20:19

Os rebeldes iemenitas, apoiados pelo Irã, alegam que as ofensivas são em solidariedade com os palestinos (foto: AFP)
Os rebeldes iemenitas, apoiados pelo Irã, alegam que as ofensivas são em solidariedade com os palestinos (foto: AFP)

Nesta quarta-feira, diversas empresas da indústria de transporte marítimo mundial, após o naufrágio de um segundo navio no Mar Vermelho pelo grupo dos Houthis, apelou por uma ação urgente para travar os ataques do grupos rebelde do Iêmen a embarcações comerciais.

 

"É deplorável que marinheiros inocentes estejam sendo atacados simplesmente por fazerem o seu trabalho, empregos vitais que mantêm a economia do mundo aquecida, alimentado e com roupa. Estes ataques têm de parar já. Pedimos aos Estados com influência na região para que salvaguardem os nossos marinheiros inocentes e pelo rápido mitigar da situação no Mar Vermelho", disseram num comunicado as associações da alta indústria do setor.

 

O pedido conjunto acontece depois do navio Tutor, propriedade de uma companhia grega, ter sido atacada pelos Houthis na semana passada, no qual um marinheiro a bordo também foi agredido e morreu. Na última segunda-feira, o porta-voz da Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, confirmou que o ataque havia matado um membro da tripulação que veio das Filipinas.

 

Hoje, o centro militar de operações comerciais marítimas do Reino Unido, UKMTO, informou que o navio afundou, após ter sido atingido por mísseis e um barco controlado remotamente que estava carregado de explosivos. "As autoridades militares informam que foram avistados destroços marítimos e petróleo no último local comunicado. Acredita-se que o navio se tenha afundado, disse o UKMTO.

 

Desde novembro de 2023, os Houthis lançam dezenas de ataques com drones e mísseis contra navios no mar Vermelho e no golfo de Aden, dificultando o comércio marítimo global nesta área estratégica. Os rebeldes iemenitas, apoiados pelo Irã, alegam que as ofensivas são em solidariedade com os palestinos.

 

Em dezembro, os Estados Unidos, aliados de Israel, criaram uma força multinacional para proteger a navegação no mar Vermelho e lançaram ataques contra os rebeldes no Iêmen em janeiro, com a ajuda do Reino Unido.

 

Entretanto, mesmo assim os ataques não dissuadiram os Houthis, que passaram a atingir qualquer navio ligado a Israel, aos EUA e ao Reino Unido.

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