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Protestos com atos a favor e contra pró-Palestina escalam em universidades dos EUA

Manifestações acontecem em mais 40 instituições, onde os estudantes defendem que relações com Israel e com empresas que lucram com o conflito sejam rompidas

Publicado em: 29/04/2024 17:20

Protesto na Universidade Columbia, em Nova York (Foto: ALEX KENT / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP)
Protesto na Universidade Columbia, em Nova York (Foto: ALEX KENT / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP)
Manifestações pró-Palestina nos Estados Unidos em dezenas de universidades continuam e se alastram, com uma onda de protestos e acampamentos em campus que ganhou força em muitas instituições de prestígio, como Columbia, Yale, Harvard, UCLA e Smith College.
 
Os protestos acontecem em mais 40 instituições de ensino, onde os estudantes defendem, além do fim da guerra na Faixa de Gaza, que suas instituições rompam relações com Israel e com empresas que lucram com o conflito. Estudantes e ativistas antissemitas também realizam protestos contrários as manifestações, que muitos alegam ter insultos e ameaças.
 
A maioria dos protestos ainda é pacífica, mas na Universidade da Califórnia (UCLA) no acampamento do campus, que aumentou consideravelmente nos últimos dias, deflagrou no domingo confrontos físicos entre manifestantes pró-Palestina e ativistas antissemitas, que romperam a barreira e trocaram socos e empurrões. 

Diversas reitorias das universidades chamaram a polícia, porém buscam ainda encontrar uma solução apropriada para as mobilizações dos grupos com atos a favor e contra os acampamentos pró-Palestina. E algumas correm o risco de ter doações suspensas. Entretanto se encontram ‘divididas’ entre o respeito à liberdade de expressão e a necessidade de conter as manifestações, que, segundo disseram alunos judeus em algumas das instituições, ocorrem palavras e ofensas antissemitas, cartazes em apoio ao Hamas até ameaças e confrontos físicos.
 
Por outro lado, o Conselho Americano-Israelita (IAC) organizou um contraprotesto e expressou estar profundamente preocupado com o antissemitismo relatado em vários lugares do país. Em um comunicado, a entidade disse estar desolada com a violência e que medidas de segurança foram implementadas.
 
De acordo com o jornal norte-americano Washington Post, cerca de 900 pessoas, entre alunos e ativistas, já foi levado para interrogatório policial e em alguns casos outros ficaram detidos. Até mesmo a candidata a presidente dos EUA pelo Partido Verde, Jill Stein, foi detida no último sábado, enquanto participava de um ato pró-Palestina na Universidade de Washington, em Missouri. 
 
O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, declarou que a administração de Joe Biden legitima que as pessoas possam expressar suas opiniões e compartilhar suas perspectivas publicamente, no entanto destacou que isso deva ser feito de modo pacifico. “O governo condena a linguagem antissemita que temos ouvido ultimamente, além de todo o discurso de ódio e ameaças de violência que existem”, afirmou Kirby.
 
França também é palco de protestos 
 
Dezenas de estudantes se concentraram hoje na universidade de Sorbonne, em Paris, num protesto a favor da Palestina. Os alunos ergueram uma grande bandeira da Palestina e obrigaram ao fechamento da universidade. As aulas e os exames foram cancelados e houve um forte reforço policial junto do prédio. O protesto tem sido pacífico, até ao momento e os manifestantes pedem um cessar-fogo em Gaza.
 
O prestigiado Instituto de Estudos Políticos também foi cenário de protestos. Na última sexta-feira, um grupo de alunos bloqueou o local e exigiram uma condenação as ações do governo israelita na Faixa de Gaza. Mas, a direção do local, já declarou que chegou a um acordo com os estudantes.
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