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Debate Evento no Recife discute o setor elétrico brasileiro Realizado na manhã desta segunda-feira (11), o debate contou com a presença de Fábio Lopes Alves, secretário nacional de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME)

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 11/12/2017 14:56 Atualizado em: 11/12/2017 15:14

O evento "Energia Elétrica - Compreendendo as mudanças e oportunidades do Setor Elétrico" aconteceu no Rio Mar Trade Center, localizado no bairro do Pina. Foto: Júlio Jacobina/DP
O evento "Energia Elétrica - Compreendendo as mudanças e oportunidades do Setor Elétrico" aconteceu no Rio Mar Trade Center, localizado no bairro do Pina. Foto: Júlio Jacobina/DP
As mudanças e oportunidades do setor de energia elétrica foram tema de debate no Rio Mar Trade Center, bairro do Pina, na manhã desta segunda-feira (11). Promovido pela Martorelli Advogados e mediado pela advogada Roseane Santos, especialista na área de energia, o evento reuniou nomes de peso do setor, como Fábio Lopes Alves, secretário nacional de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME) e o presidente da Empresa de Pesquisa Enegética (EPE), Luiz Augusto Barroso.

Para Alves, as possíveis privatizações da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e da Eletrobras não vão afetar negativamente o setor de energia nordestino. Apesar disso, de acordo com ele, é preciso atentar para as condições do Rio São Francisco, que não se encontram boas. Há um projeto de lei que diz que será repassada uma verba de R$ 350 milhões por ano durante o período de 15 anos para investimentos necessários no rio, como a recuperação da nascente e drenagens, por exemplo. “O rio está maltratado. Associado a isso, vivemos um período hidríco desfavorável. Esperamos que seja um ciclo que passe, mas o rio tem que estar preparado para receber a água”, comenta.

O secretário do Ministério de Minas e Energia (MME) diz ainda que a privatização da Chesf representaria um crescimento da própria empresa e também da região.O  presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso, ressaltou a importância de o setor ter cautela com a prática do mercado livre. “Temos que gerar as condições para que o mercado aberto funcione em termos de expansão de oferta e soldidez. A transição tem que ser feita com muito cuidado”, pontua. Para Barroso, outra coisa importante é sempre ficar perto dos avanços tecnológicos, já que podem contribuir para o desenvolvimento de outras fontes de energia e têm a capacidade de trazer o consumidor para perto.

O evento contou também com a presença de João Carlos Mello, presidente da Thymos Energia, e Rodrigo Mello, presidente da Kromo Energia. Além da situação da Eletrobras e da Chesf, outros assuntos discutidos pelos palestrantes foram o Novo Marco Regulatório do Setor Elétrico (CP 033/2017) e o Plano Decenal de Expansão de Energia 2026.

LEILÕES

Leilões para a contratação de novas usinas devem acontecer nos dias 18 e 20 deste mês, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As licitações vão escolher empreendimentos que vão entregar energia a partir de 2021. Serão os primeiros leilões de energia nova a serem realizados desde abril de 2016. Desde então, as distribuidoras não haviam declarado necessidade de contratação de novas usinas em razão da recessão, do aumento da conta de luz e da queda da demanda.

Para Fábio Lopes, secretário nacional de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), é difícil demostrar expectativas boas para os leilões, já que o mercado energético ainda está em período de recuperação. Barroso, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), segue o mesmo raciocínio: “Nós não discutimos contra os fatos. Os dados do setor de energia elétrica são muito duros para o Brasil”, opina.


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