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Ganhadora do Nobel da Paz aparece em público após mais de um ano

Corina acenou aos apoiadores que gritavam "liberdade", antes de descer para abraçar muitos deles.

Isabel Alavarez

Publicado: 11/12/2025 às 17:07

A ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Maria Corina Machado/ Odd ANDERSEN / AFP

A ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Maria Corina Machado ( Odd ANDERSEN / AFP)

A líder da oposição venezuelana e ganhadora do Nobel da Paz, Maria Corina Machado, reapareceu pela primeira vez em público na varanda do Grand Hotel, em Oslo, depois de mais de um ano na clandestinidade. Corina acenou aos apoiadores que gritavam "liberdade", antes de descer para abraçar muitos deles.

"Durante mais de 16 meses, não pude abraçar nem tocar em ninguém. De repente, em poucas horas, pude ver as pessoas que mais amo, tocá-las, chorar e rezar com elas", disse.

Corina Machado foi à capital norueguesa para receber o prêmio, mas, segundo revelou o Instituto do Nobel a homenageada fez tudo o que pode para comparecer à cerimônia, realizando uma viagem de extremo perigo. Porém, não chegou a tempo e sua filha a representou durante a entrega do Nobel da Paz, que foi concedido pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia.

A principal líder da oposição ao regime de Nicólas Maduro também agradeceu àqueles que arriscaram as suas vidas para levá-la até a Noruega e reforçou que pretende voltar à Venezuela, apesar das ameaças e riscos de que poderá ser presa. Corina foi homenageada pelo Instituto do Nobel pela sua luta a favor da democracia. "Vim receber o prêmio em nome do povo venezuelano e vou levá-lo de volta para a Venezuela no momento certo. Estarei no lugar onde sou mais útil para a nossa causa", declarou, mas deixando em aberto quando e como tentará regressar.

Durante a entrega do prêmio, num discurso escrito por Machado e lido pela sua filha Ana Corina Sousa, a opositora acusou o governo de Maduro de recorrer a sequestros, perseguições, detenções e torturas para enterrar a vontade do povo nas eleições, classificando essas práticas como crimes contra a humanidade e terrorismo de Estado.

Corina Machado dedicou o prêmio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por apelar à intervenção estrangeira na Venezuela.

Por outro lado, Maduro insiste que as operações norte-americanas no alegado combate aos narcotraficantes, que Corina apoia, visa na verdade derrubar o seu governo e apreender as reservas de petróleo do país.

Os EUA anunciaram que apreenderam um petroleiro ao largo da costa da Venezuela na quarta-feira (10) e Trump confirmou como o maior que já foi confiscado. No entanto, não explicou as razões da apreensão.

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