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PARIS

Na reunião de líderes em Paris, 26 países se comprometem no apoio à Ucrânia no pós-guerra

Garantias de segurança para Kiev foram discutidas após a cúpula da Coligação dos Dispostos, em Paris

Isabel Alvarez

Publicado: 04/09/2025 às 16:13

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente da França, Emmanuel Macron, falam durante uma coletiva de imprensa após a Cúpula da Coalizão dos Dispostos/LUDOVIC MARIN / POOL / AFP

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente da França, Emmanuel Macron, falam durante uma coletiva de imprensa após a Cúpula da Coalizão dos Dispostos (LUDOVIC MARIN / POOL / AFP)

Nesta quinta-feira (4), após a cúpula da Coligação dos Dispostos, em Paris, que discutiu sobre as garantias de segurança para Kiev, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que 26 países já apresentaram propostas específicas sobre o que podem oferecer aos ucranianos depois do final da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, mas que isso precisa ser finalizado com os Estados Unidos. “Vinte e seis países, na maioria europeus, se comprometeram hoje com uma força de segurança em caso de um acordo de paz no conflito da Ucrânia, estando presentes em terra, no mar ou no ar. Em cima da mesa há um plano militar robusto que não será revelado para manter os russos no escuro”, afirmou.

"Estamos prontos a coordenar os nossos esforços de forma a parar os esforços de guerra da Rússia", disseram também os líderes da Coligação hoje ao presidente norte-americano, Donald Trump, que segundo Macron, também foi muito claro sobre a sua disponibilidade para participar no apoio à decisão tomada pelo grupo de aliados de Kiev.

"Não há dúvida sobre isso. Agora, vamos dar continuidade a este trabalho. Nos próximos dias, vamos finalizá-lo com os Estados Unidos para obter detalhes sobre o apoio que prestarão desde a monitorização ao cessar-fogo e a todas estas linhas de segurança", destacou, acrescentando que serão formalizados os textos políticos e operacionais, o que significa um acordo de paz duradouro e, sem dúvida, um acordo multilateral ou uma série de acordos bilaterais de apoio.

A Coligação dos Dispostos, liderada por Macron e pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, reúne cerca de 30 países, principalmente europeus, dispostos a fornecer apoio às Forças Armadas ucranianas, ou mesmo enviar soldados para o território assim que for alcançado um acordo de paz com Moscou, que visa dissuadir a Rússia de qualquer nova agressão.

Mas, Macron acusou a Rússia de escolher continuar a guerra e ameaçou dar novos passos com o Washington, caso o Kremlin não aceite um encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o ucraniano, Volodymyr Zelensky. “A Coligação quer que haja uma série de reuniões, a começar numa entre Zelensky e Putin, para acabar com a guerra e se Moscou não quiser respeitar estas condições, teremos que dar mais passos com os EUA. A Ucrânia não escolheu a guerra e aceitou o cessar-fogo incondicional proposto por Donald Trump. Por outro lado, a Rússia deseja uma guerra permanente, intensificando os seus ataques contra civis, com resultados inaceitáveis", afirmou o presidente da França.

Zelensky saudou o compromisso de 26 países, mas defendeu que a chave para o fim da guerra é privar a máquina de guerra russa de recursos, ao mesmo tempo em que indicou a necessidade de aumentar a pressão, incluindo sanções econômicas contra a Rússia. “A Ucrânia está particularmente interessada em garantir a máxima proteção dos seus céus para salvar vidas e proteger os ucranianos dos ataques noturnos russos”, apontou.

Já Macron reiterou ser imperativo restaurar o exército ucraniano para resistir aos ataques russos.

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