° / °
Mundo
UNIÃO EUROPEIA

UE condena encontro na China entre Jinping, Putin e Kim

Os três líderes estiveram juntos em Pequim, onde assistiram à parada militar para assinalar o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico

Isabel Alvarez

Publicado: 03/09/2025 às 15:55

 Chefe da política externa e diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas/Nicolas TUCAT / AFP

Chefe da política externa e diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas (Nicolas TUCAT / AFP)

Nesta quarta-feira (3), a Alta Representante para Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia, Kaja Kallas, considerou o encontro entre os presidentes russo, chinês e norte-coreano um desafio direto à ordem internacional

Os três líderes estiveram juntos em Pequim, onde assistiram à parada militar para assinalar o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico.

“O encontro entre Vladimir Putin, Xi Jinping e Kim Jong-un não só envia sinais anti-ocidentais como representa um desafio direto à ordem internacional. E isto não é apenas simbólico. A guerra da Rússia na Ucrânia é apoiada pela China. São realidades que a Europa tem de enfrentar. A China e a Rússia também estão falando em fazer mudanças conjuntas que não são vistas há um século na arquitetura de segurança global. Putin, Kim e Xi apareceram juntos em público pela primeira vez, projetando uma visão de paz através do cano de uma arma. Não é isso que significa paz para a Europa", disse a chefe da diplomacia da União Europeia.


Kallas também alertou enquanto os líderes ocidentais se juntam em diplomacia, uma aliança autocrática procura uma via rápida para uma nova ordem mundial.


Por sua vez, na parada militar hoje na capital chinesa, Xi Jinping descreveu o seu país como ‘imparável’. "O renascimento da nação chinesa é imparável e a nobre causa da paz e do desenvolvimento da humanidade irá certamente triunfar. A humanidade enfrenta mais uma vez uma escolha entre a paz ou a guerra, o diálogo ou o confronto", discursou, apelando que se evite a repetição de tragédias históricas, como a que levou à morte de milhões de chineses pelas tropas japonesas há mais de 80 anos.

Em relação a essa fala do dirigente chinês, Kallas ressaltou que, neste período de grande tensão geopolítica, a Europa deve reforçar o seu poder para participar como um ator de pleno direito e pediu coragem política em conjunto aos 27 Estados-membros do bloco. “Gaza é um exemplo de uma situação na qual não estamos a usar o nosso poder geopolítico devido à falta de união”, citou, em alusão a UE não ter ainda conseguido chegar a um acordo sobre sanções contra Israel, apesar da situação humanitária catastrófica no enclave.

Mais de Mundo

Últimas

WhatsApp DP

Mais Lidas

WhatsApp DP