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União Europeia e EUA assinam acordo comercial

O acordo estabelece que setores estratégicos, como os automóveis, os semicondutores e os produtos farmacêuticos serão sujeitos a uma taxa máxima de 15% para entrarem nos EUA

Isabel Alvarez

Publicado: 21/08/2025 às 13:17

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala à imprensa no Aeroporto Internacional de Lehigh Valley, em Allentown, Pensilvânia, em 3 de agosto de 2025, ao retornar à Casa Branca de sua residência em Bedminster, onde passou o fim de semana. (Foto de Brendan SMIALOWSKI / AFP)/ AFP

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala à imprensa no Aeroporto Internacional de Lehigh Valley, em Allentown, Pensilvânia, em 3 de agosto de 2025, ao retornar à Casa Branca de sua residência em Bedminster, onde passou o fim de semana. (Foto de Brendan SMIALOWSKI / AFP) ( AFP)

Nesta quinta-feira (21), a União Europeia e os Estados Unidos assinaram uma declaração conjunta que selou o acordo comercial, no qual estabelece que setores estratégicos, como os automóveis, os semicondutores e os produtos farmacêuticos serão sujeitos a uma taxa máxima de 15% para entrarem nos EUA. Já alguns setores se beneficiarão de um regime específico, a partir de 01 de setembro, incluindo os recursos naturais, aeronaves e peças de aeronaves, entre outros, nos quais se aplicam apenas os direitos aduaneiros normais não discriminatórios.

De acordo com a declaração conjunta, Bruxelas e Washington se comprometem com um quadro para comércio e investimento transatlânticos que sejam justos, equilibrados e com benefícios mútuos e, o acordo é o primeiro passo de um processo que vai aumentar as trocas comerciais e melhorar o acesso ao mercado em setores adicionais. “Ambas as partes concordaram em continuar a trabalhar de forma ambiciosa para expandir este regime a outras categorias de produtos, um resultado fundamental para a UE”, declarou o comissário para o Comércio e Segurança Econômica da UE, Maros Sefcovi.

Entretanto, o acordo alcançado entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente dos EUA, Donald Trump, foi alvo de críticas dentro da UE, sendo a principal crítica de que é desfavorável economicamente para o bloco.

Mas, a Comissão Europeia defendeu que atingiu a meta com o acordo tarifário com os EUA, que promove estabilidade e previsibilidade às empresas e cidadãos do bloco. Segundo Sefcovi, é o cenário mais favorável que Washington aplicou a um parceiro.

“A outra opção era uma guerra comercial com direitos alfandegários estratosféricos que prejudicariam todos”, avaliou.

Para Sefcovi o documento reforça também uma parceria transatlântica mais alargada, que é mais importante do que nunca no complexo cenário geopolítico atual.

No entanto, ainda não foi alcançado um acordo sobre o aço e o alumínio, com a atual taxa aplicada de 50% às exportações da UE. A declaração refere apenas que as duas partes tencionam trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios globais no setor, como a sobrecapacidade, quando há mais oferta do que procura, e para trabalhar em cadeias de abastecimento seguras entre si, especificamente através de uma solução de contingentes pautais para as exportações da UE de aço e alumínio e seus produtos derivados.

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