Famílias de reféns israelenses convocam novo protesto contra o governo
Protestos exigirão um acordo com o Hamas que abranja a libertação de todos os sequestrados
Publicado: 19/08/2025 às 15:27

Manifestação em Israel (GIL COHEN-MAGEN / AFP)
As famílias dos reféns israelenses na Faixa de Gaza convocaram para o próximo domingo um novo protesto em todo o país, exigindo um acordo abrangente de paz com o Hamas que abranja a libertação de todos os sequestrados além da devolução dos corpos.
A manifestação do domingo passado foi contra a decisão do Governo israelense de expandir a ofensiva na Cidade de Gaza, onde se considera que estão os reféns, ao invés de negociar um cessar-fogo que permita a volta dos cativos. Os organizadores reportaram que mais de dois milhões de israelenses marcaram presença nas ruas, apesar da convocação por uma greve nacional ter contado com pouca adesão dos sindicatos e das empresas.
"As iniciativas realizadas no último domingo em todo o país demonstraram claramente o que deseja a maioria da população israelense: trazer de volta os reféns e acabar com a guerra", afirmou o comunicado do Fórum de Familiares de Reféns e Pessoas Desaparecidas.
Segundo o Fórum, que representa a maioria dos familiares, as novas manifestações vão incluir uma marcha pelas ruas de Tel Aviv e um protesto na chamada Praça dos Reféns, no centro da cidade.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou os apoiadores da greve geral de reforçarem o Hamas e de atrasarem a libertação dos detidos. "Aqueles que pedem hoje o fim da guerra sem uma derrota para o Hamas não apenas fortalecem a posição do Hamas e atrasam a libertação dos nossos reféns, mas também garantem que os horrores de 07 de outubro se repetirão continuamente, e que teremos que travar uma guerra sem fim", acusou Netanyahu na reunião semanal do seu gabinete de segurança.
Enquanto isso, as famílias apelaram também ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que aplique as suas capacidades de negociação para chegar a um acordo que ponha fim ao conflito e liberte os 50 reféns ainda mantidos em Gaza, dos quais Israel estima que 20 ainda estejam vivos. "Enquanto trabalham para resolver o conflito na Ucrânia, rezamos para que apliquem a mesma determinação para pôr fim a este pesadelo em Gaza", disseram os familiares.

