Espanha declara zona de catástrofe nas áreas afetadas por 113 grandes incêndios
A Espanha registra o pior ano de queimadas no país e na União Europeia
Publicado: 27/08/2025 às 14:03

Incêndios florestais na Espanha ( MIGUEL RIOPA / AFP)
O governo espanhol declarou zonas de catástrofe nas áreas gravemente afetadas por 113 grandes incêndios no país nos últimos dois meses, 15 dos quais continuam ativos, informou o ministro da Administração Interna, Fernando Grande-Marlaska.
“A iniciativa engloba ainda outras cinco zonas afetadas também por temporais e episódios de chuvas intensas, que provocaram inundações. É evidente que é uma das maiores catástrofes ambiental dos últimos anos”, acrescentou o ministro espanhol, que considerou os impactos e eventos consequência das alterações climáticas.
A Espanha registra o pior ano de queimadas no país e na União Europeia, que atingiu até o momento mais de 400 mil hectares de floresta e causaram cinco mortos. Os esforços agora no combate ao fogo se concentram nas regiões da Galícia e de Castela e Leão, que ainda não apresentam sinais de controle. As chamas estão obrigando à evacuação de aldeias inteiras. De acordo com informações do Palácio da Zarzuela, os reis espanhóis visitam as principais áreas afetadas pelos fogos em Zamora e Leão.
Grande-Marlaska disse ser ainda precipitado avançar com um balanço completo de áreas queimadas e dos danos pessoais em infraestruturas e em bens públicos e privados. “Mas, sem dúvida alguma, são elevados", afirmou.
Após a intensa onda de calor que assolou o país por 16 dias consecutivos, nos quais foram registradas cerca de 1.149 mortes por causas atribuídas às elevadas temperaturas durante esse período, a Proteção Civil relatou uma melhora lenta no combate aos fogos. Mas, pediu cautela contra possíveis reincidências das chamas.
Segundo o ministro da Administração Interna, o governo mobilizou meios nacionais e ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, o que resultou no envio do maior dispositivo de ajuda internacional a Espanha desde 1975.
Além disso, o Mecanismo Europeu de Proteção Civil apontou que em Portugal o fogo destruiu este ano até agora 5,1 vezes à média de anos anteriores, um valor só superado pela Espanha. São aproximadamente mais de 250 mil hectares e que provocaram quatro mortes.
Em relação à União Europeia, o organismo comunicou que em um mês e meio neste verão, um milhão de hectares foi queimado pelos incêndios florestais, quase o dobro da média anual em 20 anos.

