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conflito Rússia e Ucrânia

Trump rearma a Ucrânia e ameaça Putin com sanções e prazo para acordo de paz

Donald Trump, ameaçou a Rússia com tarifas secundárias de 100% caso não haja um acordo de paz num prazo de 50 dias

Isabel Alvarez

Publicado: 14/07/2025 às 13:53

 US President Donald Trump speaks to the press before boarding Marine One on the South Lawn of the White House in Washington, DC, on July 11, 2025. Trump is headed to Texas to tour the areas devastated by flash flooding over the Fourth of July weekend which left at least 120 people dead and 170 still missing. (Photo by ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP)/ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

US President Donald Trump speaks to the press before boarding Marine One on the South Lawn of the White House in Washington, DC, on July 11, 2025. Trump is headed to Texas to tour the areas devastated by flash flooding over the Fourth of July weekend which left at least 120 people dead and 170 still missing. (Photo by ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP) (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou hoje a Rússia com tarifas secundárias de 100% caso não haja um acordo de paz na guerra com a Ucrânia num prazo de 50 dias.

Trump havia prometido que faria uma declaração importante sobre a Rússia nesta segunda-feira (14) e ainda tinha comentado que estava desiludido com Moscou em relação ao conflito.

O líder dos EUA já declarou na véspera que enviará mísseis de defesa aérea Patriot para Kiev, que constituem um dos principais sistemas defensivos do país e visam interceptar ataques por terra e ar. O anúncio coincide com a chegada do enviado especial norte-americano, Keith Kellogg, a capital ucraniana para discutir sanções contra a Rússia. “Os ucranianos precisam desesperadamente de armamento defensivo. Ainda não decidi a quantidade, mas eles vão recebê-las, pois precisam de proteção", garantiu.

A retomada do fornecimento bélico de Washington à Ucrânia se concretizou por meio de um acordo realizado com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que pagará aos norte-americanos pelo armamento que será enviado aos ucranianos. "Na verdade, vamos enviar vários equipamentos militares muito sofisticados e eles vão nos pagar 100%", confirmou Trump.

Também na reunião na Casa Branca com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, o presidente norte-americano elogiou a coragem dos ucranianos ao longo da guerra e destacou que não teriam hipótese se não tivessem equipamento militar dos EUA.

“Fizemos um grande acordo hoje. Vamos mandar o melhor para a OTAN. Estamos falando de milhares de milhões em equipamento militar que vai ser comprado aos EUA para a OTAN. Vai ser rapidamente distribuído para o campo de batalha. Esperamos que tenha um impacto em Vladimir Putin. Esperemos também que tenha impacto na Ucrânia. Queremos nos certificar de que a Ucrânia faz o que tem de fazer na guerra”, afirmou Trump.

Rutte acrescentou que os europeus querem fazer parte deste plano.

Por outro lado, a Rússia indicou querer continuar as negociações da paz com a Ucrânia e que apoia uma terceira rodada de conversações, apesar de ter acusado Kiev de não ter pressa, após os últimos contatos entre as partes no início de junho, em Istambul.

"É claro que Kiev não tem pressa. Ainda estamos à espera de propostas sobre o calendário. O lado russo está pronto para continuar e realizar uma terceira rodada", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em conferência de imprensa.

Peskov descreveu como importante a atitude de Washington em seu empenho para continuar os esforços de mediação através de Kellogg, que se encontrou na semana passada com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Roma.

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