Sobe o número de jornalistas mortos em Gaza vitimados por ataques
São 231 trabalhadores da mídia mortos em Gaza desde o início do conflito
Publicado: 14/07/2025 às 12:04

Acampamentos abrigando palestinos deslocados pelo conflito são montados perto do lago de coleta de águas residuais Sheikh Radwan, que está quase cheio, na Cidade de Gaza, em 14 de julho de 2025. (Foto de Bashar TALEB / AFP) ( AFP)
Um ataque do exército israelense matou dois jornalistas na Faixa de Gaza, incluindo os três filhos e a mulher de um deles, elevando para 231 o número de trabalhadores da mídia mortos desde o início do conflito.
O Centro Palestino de Proteção dos Jornalistas informou que as vítimas são Husam Al Adlouni, morto no domingo à noite, juntamente com a mulher e três filhos, numa ofensiva contra uma tenda que abrigava pessoas deslocadas, na zona de Al Mawasi, em Khan Younis. Também o jornalista Fadi Khalifa foi morto num outro bombardeio, na cidade de Gaza.
As mortes acontecem três dias após o correspondente da Palestine Today TV, Ahmed Abu Aisha, também ter morrido ao ser atingido por um drone israelense em sua casa no campo de Nuseirat, no centro de Gaza.
Além disso, 43 palestinos morreram, incluindo seis crianças, durante ataques israelenses no domingo na Faixa de Gaza. As crianças foram atingidas por um drone enquanto aguardavam por água de um caminhão-cisterna no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza. As Forças de Defesa de Israel disseram que um “erro técnico” fez com que um ataque dirigido a um terrorista da Jihad Islâmica caísse a dezenas de metros do alvo, e que o incidente estava sendo analisado.
O balanço das vítimas mortais foi feito nesta segunda-feira (14), num momento em que decorrem ainda as negociações entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo. O total de mortos na guerra ultrapassou 58 mil palestinos
Enquanto isso, o Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que espera que as conversações para o cessar-fogo entre as partes sejam esclarecidas esta semana. Washington propôs um cessar-fogo de 60 dias com a libertação em fases dos reféns, a retirada das tropas israelenses de algumas zonas de Gaza e negociações posteriores para pôr um fim definitivo ao conflito.
Já o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu negou ter impedido a assinatura do acordo de trégua e libertação de reféns com o Hamas. A justificativa do premiê surgiu após vários meios de comunicação israelenses terem avançado que Netanyahu quer prolongar a guerra.

