° / °

Mundo
EUA

Trump promete fazer declaração importante sobre a Rússia em breve

Trump ainda disse em entrevista a NBC News que está desiludido com a Rússia em relação ao conflito na Ucrânia

Isabel Alvarez

Publicado: 11/07/2025 às 13:56

 WASHINGTON, DC - JULY 11: U.S. President Donald Trump answers questions while departing the White House on July 11, 2025 in Washington, DC. Trump is scheduled to travel to Central Texas today to meet with first responders and local elected officials involved with the recovery process from last week's flash flooding event that has claimed more than 120 lives.  /WIN MCNAMEE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

WASHINGTON, DC - JULY 11: U.S. President Donald Trump answers questions while departing the White House on July 11, 2025 in Washington, DC. Trump is scheduled to travel to Central Texas today to meet with first responders and local elected officials involved with the recovery process from last week's flash flooding event that has claimed more than 120 lives. (WIN MCNAMEE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu hoje que irá fazer uma declaração importante sobre a Rússia na próxima segunda-feira, mas não adiantou detalhes. Trump ainda disse em entrevista a NBC News que está desiludido com a Rússia em relação ao conflito na Ucrânia.

“Acho que vou ter uma declaração importante a fazer sobre a Rússia na segunda-feira”, avançou.

Trump também anunciou um novo acordo que envolve os EUA, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a Ucrânia, que abrange o envio de armas norte-americanas para Kiev.

“Estamos enviando armas para a OTAN, que está pagando por essas armas, a 100%. A OTAN vai reembolsar o custo total delas. Assim, as armas que estão saindo vão para a aliança militar que depois vai dá-las à Ucrânia", explicou Trump.

Segundo o líder dos EUA, este acordo foi finalizado durante a cúpula da Aliança Atlântica no mês passado.

Já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que a Rússia aguarda pelo grande anúncio de Donald Trump. Quanto à entrega de armamento dos EUA à Ucrânia, via OTAN, Peskov assegurou que são apenas negócios.


Projeto de lei de pesadas sanções à Rússia


Por outro lado, os congressistas norte-americanos apresentaram na quinta-feira (10) aos aliados europeus e à Ucrânia o projeto de um novo pacote bipartidário de sanções norte-americanas à Rússia, visando concentrar esforços para induzir Moscou negociar a paz.

O projeto de lei apoiado pelo senador republicano Lindsey Graham e pelo senador democrata Richard Blumenthal contempla uma tarifa de 500% sobre os produtos importados de países que continuam a comprar da Rússia petróleo, gás, urânio e outros produtos, atingindo países como a China e a Índia, que representam cerca de 70% do comércio de energia russo e financiam grande parte do seu esforço de guerra.

Graham e Blumenthal disseram que esperam que levar o projeto para a votação no Senado antes da suspensão dos trabalhos em agosto e que isso forneceria a Trump as ferramentas e a flexibilidade que precisa para forçar o presidente russo, Vladimir Putin, a negociar o fim da guerra. "Estamos indo atrás da base de clientes de Putin. E é com isso que os europeus, penso eu, estão mais satisfeitos. Penso que demos à Ucrânia e aos europeus o incentivo de que os Estados Unidos e o Congresso estão envolvidos de forma bipartidária. Queremos dar poder ao presidente para levar Putin à mesa das negociações e com ferramentas que não tem hoje", avaliou Graham.

"Esta não é apenas uma espécie de continuação da nossa estratégia atual. É um verdadeiro ponto de viragem. É uma verdadeira mudança de jogo porque diz a Putin que vamos atingi-lo mesmo onde dói”, apontou Blumenthal.

O Congresso está preparado para agir sobre a legislação, que tem um apoio bipartidário esmagador no Senado, mas está à espera de luz verde de Trump, que, até agora, manifestou algumas reservas.

Enquanto isso, Trump quer autoridade total sobre o processo para suspender sanções, tarifas ou outras penalizações, sem ter de ceder ao controle do Congresso.

Por isso, de acordo com esse projeto de lei inicial, o presidente pode terminar as penalizações em determinadas circunstâncias, e voltar a impô-las imediatamente se as violações forem retomadas. O líder da maioria republicana no Senado, John Thune e o presidente do Congresso, Mike Johnson, já sinalizaram estar prontos para avançar com essa legislação.

Mais de Mundo