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COLUNA BETO LAGO

Beto Lago: 'A fala de Enrico Ambrogini, pedindo continuidade, é um desrespeito ao torcedor do Sport'

A eleição para presidente do Sport acontece na próxima segunda-feira (15)

Beto Lago

Publicado: 09/12/2025 às 08:10

Enrico Ambrogini, diretor geral de futebol do Sport/Paulo Paiva/Sport Recife

Enrico Ambrogini, diretor geral de futebol do Sport (Paulo Paiva/Sport Recife)

Continuidade?
Quando comecei a pensar no assunto da coluna de hoje, veio a ideia de trazer um olhar de esperança para o futebol nordestino, mesmo com seus três rebaixamentos. Mas a frase do diretor do Sport, Enrico Ambrogini, após o jogo de despedida do Leão na Série A, com uma goleada na Ilha do Retiro para o Grêmio, precisa de resposta. "Quem sentar hoje na cadeira de presidente tem que estar disposto a continuar uma mudança”, disse Enrico. Alguém precisa avisar, com urgência, que não existe “continuidade” para algo tão desastroso. O Sport de 2025 não viveu um processo de transformação. Viveu um colapso administrativo embalado em discurso vazio. O que foi feito não pede ajuste fino, pede demolição. Completa. Sem dó. O clube foi conduzido por uma gestão que se perdeu, que confundiu slogans com trabalho, entrevistas com planejamento e esperança com improviso. Uma gestão que não apenas errou: insistiu nos erros com convicção, expondo sua torcida a um vexame atrás do outro. As gestões de futebol em 2025 ficam marcadas como que falava muito e fazia pouco. Ou pior, executava errado. Um grupo desconectado da realidade, incapaz de olhar para a própria obra e admitir o naufrágio. Enquanto o torcedor sangrava na arquibancada, ouvindo dos dirigentes as teorias mirabolantes sobre futuro, renovação e processo. Processo de quê? O próximo presidente não tem a missão de “continuar mudança” alguma. Tem a missão de varrer os escombros deixados por uma gestão que conseguiu a proeza de transformar incompetência em rotina. O Sport precisa recomeçar, não dar sequência a um conto de fantasia que só existe na cabeça de quem não entende, ou não respeita, o que significa carregar a camisa rubro-negra.

Quem fica e quem sai?
Outro grande desafio do próximo gestor do Sport é lidar com um elenco que fracassou em 2025. Pela lógica, a grande maioria deveria ser dispensada, sem cerimônia. Mas o calendário não permite isso. O novo presidente terá dias, e não semanas, para montar 2026, e isso exige a chegada de um treinador capaz de passar um pente-fino real, não uma avaliação protocolar. Alguém que tenha coragem de apontar quem ainda pode servir para seguir no clube.

Arena: palco de três clubes
A Arena de Pernambuco virou sala multiuso do nosso futebol. A FPF antecipou o início do Estadual para acomodar a logística dos clubes que serão mandantes: Retrô, Jaguar e Santa Cruz. A Fênix abre o Pernambucano, dia 9, contra o Vitória. No dia seguinte, o time de Jaboatão recebe o Sport, e dia 11 é a vez do Tricolor contra o Decisão. Três jogos, três mandantes, um único palco. E a certeza que o gramado terá muito mais desgaste no ano.

A preparação do Santa Cruz
O Santa Cruz sai na frente em relação aos seus rivais. Já agendou dois amistosos – Laguna e Santa Cruz, ambos do Rio Grande do Norte – e busca o último adversário para o dia 30. Todos esses jogos serão no Arruda, com portões fechados. Já no dia 8, o time coral tem o Defensa y Justicia, pela Vitória Cup, na Arena de Pernambuco, em um teste que promete analisar o real estágio da equipe de Marcelo Cabo.

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