Sport: Líder de grupo de oposição, Marcos Cabral retira candidatura e pede união por Branquinho
Opositor afirma que momento exige cessar disputas internas e apoiar nome de consenso para reorganizar o clube em 2026
Publicado: 26/11/2025 às 18:52
Marcos Cabral, líder do Movimento Sport na Vanguarda (Reprodução/Redes Sociais/Sport na Vanguarda)
Marcos Cabral, líder do grupo oposicionista Movimento Sport na Vanguarda, comunicou que retirou sua candidatura à disputa presidencial do mandato "tampão" e declarou apoio a Severino Otávio, o Branquinho, que se colocou à disposição para assumir o clube após uma renúncia antecipada de Yuri Romão.
Em entrevista ao programa Léo Medrado & Traíras, Cabral detalhou bastidores de reuniões com Branquinho e com lideranças como Gustavo Dubeux, revelando que o momento, se aproximando de eleições geais, exige união total da torcida e das correntes políticas para evitar que o Sport afunde ainda mais na crise esportiva e financeira.
Antes de anunciar sua decisão, o oposicionista compartilhou suas preocupações com o cenário encontrado pelo ex-presidente. Cabral relatou sua conversa recente com Branquinho e Dubeux. Ele descreveu o encontro como decisivo para definir uma linha de união em prol da reconstrução rubro-negra.
"Me reuni com Branquinho, Dubeux, falamos dessa situação caótica e está acabando com o clube, tudo terceirizado. Falei com Gustavo e disse que o momento não era de calma, então a sugestão foi a união de todos os rubro-negros. É impossível? Não, pode ser improvável, mas não impossível", iniciou.
"Ele me liga e me pergunta sobre Branquinho e acho um excelente nome, não tem rejeição a Branquinho, é um homem sério, já foi presidente do Tribunal de Contas do Estado, já foi prefeito de Bezerros, presidente do Sport, campeão, um excelente nome", completou o relato.
No trecho mais contundente da entrevista, o líder oposicionista oficializou sua saída da disputa eleitoral e pediu que outros postulantes façam o mesmo.
"Retiro minha candidatura e acho que os outros têm que fazer o mesmo neste momento, não vamos mais bater chapa, não que eu seja contra isso, que eu acho que faz parte de um processo democrático, as ideias têm que ser debatidas, o Sport é muito grande, mas nesse momento é um mandato tampão, de um ano, para tentar reorganizar o Sport. Reestruturar o clube em um ano é muito difícil, mas reorganizar sim, pagar o administrativo, que são muito importantes", expressou.
A crítica ao ambiente político fragmentado deu lugar a um apelo por unidade. Para Marcos Cabral, o torcedor precisa entender que a disputa interna não pode se sobrepor à sobrevivência institucional do Sport.
"Agora nós precisamos fazer com que a torcida entenda que é um momento que todos têm que baixar a guarda e ir por um 'Sport tudo' de verdade e não pelo poder", afirmou.
O oposicionista também revelou que se reuniu na residência de Branquinho para aprofundar o debate sobre a situação financeira e estrutural do clube, tema que, segundo ele, preocupa.
"Fomos para uma reunião na residência de Branquinho e vejo ele muito lúcido, mas assustado com a situação do Sport, como qualquer pessoa com responsabilidade, e vai ter um susto com essa situação. A previsão orçamentária do Sport ninguém sabe."
Apoio formal a Branquinho e alerta sobre 2026
Convencido da necessidade de um nome de consenso para enfrentar o caos administrativo, Cabral afirmou que saiu do encontro decidido a apoiar Branquinho. Ele reforçou que sua principal preocupação agora é com o planejamento financeiro de 2026, que considera crítico para o futuro do clube.
"Branquinho me disse que não tem medo de desafio, com aquele sangue rubro-negro, e me deixou muito feliz. Me disse que vai precisar de todos, então eu empenhei naquele momento o meu apoio a Branquinho, porque vi que era o melhor para o Sport. Não vou deixá-lo sozinho e vou colocar meu pessoal, de todas as correntes sociais, e que passaram pelo Sport, profissionais", explicou sua visão.