Beto Lago: 'Sport precisa de um conciliador para levar o clube às eleições gerais'
Branquinho é um dos nomes indicados pelos líderes rubro-negros para assumir a presidência do Sport
Publicado: 18/11/2025 às 08:50
Elenco do Sport em partida na Ilha do Retiro (Rafael Vieira)
Coragem e coração
Clareza, firmeza e transparência, três palavras simples que viraram luxo no Sport. Depois de um 2025 devastador, o torcedor implora por um mínimo de responsabilidade. E, ainda assim, o clube parece insistir em testar os limites da paciência rubro-negra. Cada dia amanhece com uma novidade amarga, um movimento nebuloso, um sussurro de bastidor que joga mais gasolina na indignação acumulada. Agora, fala-se em eleição indireta, articulada nos bastidores. Não há como adoçar: seguir por esse caminho é afrontar a torcida. O certo seria um gesto simples e raro: renúncia geral. Presidente, vice, todos que hoje ocupam as cadeiras de comando. Saída limpa, total, sem amarras. O Sport precisa de oxigênio, e esse ar novo só chega quando o ambiente deixa de ser sufocado pelos mesmos erros e pelos mesmos rostos que já esgotaram sua cota de credibilidade. Hoje, precisa de alguém que pacifique, conduza e entregue o clube inteiro às urnas ainda neste ano, em uma eleição geral se possível. E, claro que não há nome mais adequado do que Severino Otávio. Conhecido como Branquinho, ele é um dos poucos ex-presidente capaz de transitar, sem ruído, por todos os setores do clube – situação e oposição. Um diplomata no trato com todos os rubro-negros. Um “cabeça branca”, com experiência política, que entende o tamanho do incêndio e tem a serenidade necessária para tirar o barco do atolamento. Branquinho tem mais autoridade — e mais crédito — para iniciar a montagem do elenco de 2026 do que qualquer um que esteja hoje comandando o futebol. O Conselho pode indicar o nome dele para esse papel, de preparar o clube para o próximo gestor. Com eleições ainda neste ano. Sem isso, difícil encontrar a paz que tanto se precisa. O momento pede grandeza. Pede coragem. Pede que alguém, finalmente, pense no Sport antes de pensar em si. Que o bom senso, se ainda existir, atravesse as portas fechadas do poder e toque aquilo que restou de coração rubro-negro.
Hoje o Sport entra em campo duas vezes. Na Ilha, o Sub-20 encara o Atlético/MG pela vaga na semifinal da Copa do Brasil – 1x1 na ida, duelo aberto. Já no Rio, o Leão enfrenta o Botafogo tentando fugir da marca indigesta dos 17 pontos, a pior campanha da história rubro-negra e uma das mais vexatórias na competição. A verdade? A esperança de algo positivo está muito mais nos garotos do que no decepcionante time do Brasileirão.
Aclamação de Becker
A saída agora da chapa de oposição na eleição do Náutico atrasou em, pelo menos, três semanas o planejamento do futebol do clube para 2026. Todo mundo já sabia que Hélio dos Anjos só ficaria no clube com Bruno Becker, que agora será aclamado. Ainda mais depois que os ex-presidentes Edno Melo e Diogénes Braga estiveram no lançamento da chapa Pablo Vitório/Gilberto Kabbaz.
Sete representantes nos Brasileiros
Com o rebaixamento do Leão, o futebol pernambucano terá sete representantes nas divisões dos Campeonatos Brasileiros. Na Série B, Sport e Náutico; na Série C, o Santa Cruz; e na Série D teremos Retrô, Central, Decisão e Maguary.