Sport se despede de Daniel Paulista e vive cenário mais melancólico no fim da Série A
Agora com Cesar Lucena, Leão segue afundado na lanterna e precisa pensar no planejamento do próximo ano
Publicado: 28/10/2025 às 18:41
Equipe do Sport durante partida do Brasileirão na Ilha do Retiro (Rafael Vieira)
A despedida do técnico Daniel Paulista, oficializada nesta terça-feira (28), selou o que já se desenhava como um fim melancólico. Após reunião com a diretoria, o treinador comunicou que não seguirá para 2026, deixando o clube em comum acordo e encerrando um ciclo marcado por turbulência.
Enquanto o Sport tenta juntar os cacos de uma temporada desastrosa, o auxiliar César Lucena assume como técnico interino até que um novo nome seja definido para a próxima temporada. É ele quem carrega agora a missão de guiar o time nesses nove jogos finais, em um cenário quase irreversível na Série A. Para o torcedor, é mais uma tentativa de encontrar esperança onde resta apenas o peso da realidade.
CÉSAR LUCENA NO COMANDO E UM FIM DE BRASILEIRO AMARGO
A diretoria leonina, em nota, afirmou já ter iniciado o planejamento para 2026, que, mais uma vez, nasce em meio a ruínas. O Sport chega à reta final do Brasileirão afundado na lanterna, com apenas 17 pontos em 29 jogos. A distância para o primeiro time fora da zona de rebaixamento é de 15 pontos, e as chances matemáticas de queda chegam a 99,95%.
É de César Lucena a missão de tentar, ao menos, reconquistar o torcedor ferido e conduzir o Sport com dignidade nesses últimos capítulos de um campeonato já condenado. O Rubro-Negro tem pela frente a seguinte sequência: Flamengo (fora), Juventude (casa), Atlético-MG (casa), Flamengo (casa), Vitória (casa), Santos (fora), Grêmio (casa), Botafogo (fora) e Bahia (fora).
TRÊS TÉCNICOS E FRACASSOS EM 2025
A saída de Daniel Paulista representa mais um planejamento que não certo na temporada. O Sport chega ao fim de 2025 com três treinadores diferentes, um número amargo para um ano que começou com o maior investimento da história do clube — cerca de R$ 57 milhões em contratações. O sonho de uma campanha sólida se dissolveu em más contratações, salários atrasados e atuações ruins.
O início com Pepa, responsável pela montagem de grande parte do elenco, durou até a 7ª rodada da Série A, encerrando um período em que o Leão se mostrava inofensivo e marcado pelos rodízios na escalação, sem identidade. Depois veio António Oliveira, outro português que não soube extrair o futebol do elenco. Esse teve a passagem mais curta de um treinador na história recente do clube, durando apenas 26 dias.
Por fim, Daniel Paulista, o que mais tempo permaneceu neste Brasileirão, também não obteve sucesso. A tentativa de recuperar a identidade atingiu um limite, e o treinador, que nas últimas semanas demonstrava uma postura mais realista, foi mais um a deixar o Leão.