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Yuri Romão detalha aperto financeiro no Sport e garante quitação de dívidas até o fim da gestão

Presidente detalha perdas com bilheteria, sócios e patrocínios e explica dificuldades do fluxo de caixa do Leão em 2025

Redação

Publicado: 17/10/2025 às 21:25

Yuri Romão, presidente do Sport/Paulo Paiva/Sport Recife

Yuri Romão, presidente do Sport (Paulo Paiva/Sport Recife)

O presidente do Sport, Yuri Romão, quebrou o silêncio e detalhou a delicada situação financeira que o clube atravessa após o alto investimento feito no início do ano. Em entrevista à Rádio Jornal, o dirigente admitiu que o fluxo de caixa foi afetado por uma combinação de fatores, desde o novo modelo de direitos de transmissão até a queda nas receitas com bilheteria, sócios e patrocínios.

 

"Diferentemente dos anos anteriores, a detentora dos direitos de transmissão era única, e ela começava a pagar em maio e ia até dezembro com as parcelas certinhas. Optamos por ir para a Liga Forte União (LFU). Ao invés de vender os direitos de transmissão para uma única emissora, decidimos vender para cinco. Nos contratos que a Liga tem com as emissoras, a gente tem receita em janeiro (40%), junho (30%) e a outra no final de dezembro (30%)", explicou.

Receitas com público, premiações e patrocínios

Segundo o presidente, o clube já previa dificuldades entre os meses de julho e agosto, período sem recebimentos intermediários. A má campanha, porém, agravou o cenário. Como exemplo recente, Yuri citou que, mesmo com a presença de quase 15 mil torcedores no jogo contra o Ceará, o clube precisou reduzir os preços dos ingressos a níveis inéditos.

"Nós sabíamos que entre o recebimento de junho e julho teríamos dificuldades, mas isso era medido. Com a campanha muito ruim, tivemos problema de receita extra, fora a transmissão. O que diferencia o Sport de outros clubes são as receitas de bilheteria, sócios, patrocínio, licenciamento… tudo isso foi afetado drasticamente", iniciou.

"Para termos 15 mil pessoas, o ingresso foi muito barato. Nosso ingresso era mais barato que o jogo do Santa Cruz na Série D, logicamente com o Santa na fase boa. Tivemos uma supressão muito grande de receita", completou.

De acordo com o mandatário, o Sport iniciou a temporada com expectativa de arrecadar cerca de R$ 20 milhões em receitas próprias, entre ingressos, sócios e patrocínios, mas acabou perdendo boa parte desse montante.

"Nosso torcedor é muito presente e exigente. Quase 15 mil pessoas numa quarta-feira à noite, na rabeta da tabela. Temos que exaltar isso", disse.

Além disso, os equívocos no planejamento esportivo pesaram. As eliminações precoces na Copa do Brasil (1ª fase) e Copa do Nordeste (quartas de final) também trouxeram prejuízos consideráveis. Yuri cita que o futebol do Sport hoje custa R$ 6 milhões e meio, e o administrativo R$ 1 milhão e meio.

"No meio do ano, por conta dos nossos erros, tivemos que demitir muita gente, e isso tem custo. A saída precoce da Copa do Brasil foi de R$ 6 milhões e meio de prejuízo, e a saída precoce da Copa do Nordeste foram cerca de R$ 3 milhões e meio. Aí são R$ 10 milhões. O futebol hoje custa R$ 6 milhões e meio, e o administrativo R$ 1 milhão e meio", revelou.

Prazo para pagamento do futebol

Mesmo com o aperto no caixa, o presidente garante que o clube não deixará pendências financeiras ao fim de sua gestão. Segundo ele, todos os pagamentos relativos aos investimentos feitos em jogadores serão quitados até o próximo ano.

"A expectativa é de que o Sport termine de pagar tudo em 2026, sem nenhuma parcela para ser paga após a minha gestão", assegurou.

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