Diretor do Sport nega atraso salarial com jogadores, mas admite dificuldade financeira
Enrico Ambrogini desmentiu rumores e destacou transparência da gestão rubro-negra com os atletas
Publicado: 14/10/2025 às 19:08

Enrico Ambrgini, diretor geral de futebol do Sport (Paulo Paiva/Sport Recife)
O diretor-geral de futebol do Sport, Enrico Ambrogini, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (14) e e foi questionado sobre informações que circularam nas redes sociais sobre possíveis atrasos salariais com os jogadores.
Ambrogini aproveitou para detalhar o momento financeiro do clube. O dirigente reconheceu dificuldades no fluxo de caixa, mas negou que haja atrasos com atletas ou funcionários. Segundo ele, os pagamentos seguem o cronograma habitual, e parte da situação decorre do novo modelo de repasse da Liga Forte União (LFU) nesta temporada.
"Costumeiramente se paga em dez dias úteis o CLT e depois se paga em 20 dias a imagem, e isso bem claro que é jogadores. Então, esse mês pagamos funcionários antes da data, inclusive funcionários também do futebol. Esse acordo é somente com os jogadores, não tem nada fora disso. Premiações, 'bicho', como falam aqui, nem isso não tem atraso. Essas coisas são simplesmente veiculadas porque nosso momento futebolístico é ruim. Óbvio que a gente depende de resultado, e quando não está vindo, começa a pipocar um milhão de coisas", afirmou o dirigente.
Ambrogini criticou rumores sobre supostos atrasos e reforçou que o clube cumpre os prazos legais de pagamento. Ele também explicou que o FGTS dos atletas ainda está dentro do período de vencimento, afastando qualquer irregularidade.
"Quem fala de FGTS nem sabe que o mês vence no dia 20. Nem chegamos na data e já estão falando que está atrasado. Temos que tentar evitar cair nesses contos de internet, porque as pessoas que soltam isso não têm nenhuma responsabilidade. Não vêm checar. Tira um extrato então do FGTS e veja. São coisas naturais no futebol, não são coisas que a gente se orgulha. Gostaríamos de pagar sempre no primeiro dia tudo. A gente sofre esse fluxo de caixa, o que não é novidade. Foi várias vezes falado. Não quer dizer que não tenha dinheiro, e sim ter na data correta", completou.
Em setembro, também no início do mês, Raphael Campos, vice-presidente do Sport, veio a público explicar a situação dos salários dos jogadores e admitiu que houve uma espera para quitar os pagamentos, causada também por questão de fluxo de caixa. O dirigente também afirmou que as notícias surgiram em meio à crise esportiva para gerar instabilidade.
Liga Forte União (LFU)
Enrico Ambrogini também detalhou a situação envolvendo os repasses da Liga Forte União, entidade responsável pelos direitos de transmissão da Série A. Segundo ele, o modelo de pagamento mudou neste ano e impactou o orçamento dos clubes.
"A Liga (LFU) esse ano pagou de uma forma diferente os direitos de TV do que normalmente pagavam. Pagou-se no começo do campeonato e agora a última tranche, que vai pagar por performance, paga em dezembro. Não é mês a mês. Então, tem um dinheiro acumulado em dezembro. O que a gente tentou fazer aqui foi puxar pra frente o quanto antes para que a gente consiga já quitar todos os salários, as imagens... Todos os clubes hoje têm dificuldade financeira nesse momento do ano. Está tudo certo por enquanto", explicou.
Relação entre jogadores e gestão do clube
Por fim, Enrico destacou que o Sport mantém diálogo aberto com o elenco e que o presidente do clube, Yuri Romão, tem acompanhado de perto a situação financeira e as conversas com os jogadores. O Leão vive um momento de instabilidade dentro de campo, mas, segundo o diretor geral, trabalha para manter o equilíbrio financeiro e o cumprimento de suas obrigações.
"Tudo o que vamos passar no mês nós alinhamos aos jogadores. O próprio presidente vem ao CT para que escutem dele. A própria gestão foi cravada como boa pagadora, então a gente deixa tudo esclarecido e é preciso valorizar os jogadores que entendem isso", concluiu o dirigente.

