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Beto Lago: 'Sport tem que pensar jogo a jogo'

Mas se o Sport quiser seguir respirando, não pode mais escolher adversário

Beto Lago

Publicado: 19/09/2025 às 09:26

Recife, PE, 31/08/2025 - SPORT X VASCO - Na noite deste domingo(31), a equipe do Sport recebeu a equipe do Vasco pelo Campeonato Brasileiro da Serie A 2025 no estádio da Ilha do Retiro. Técnico do Sport, Daniel Paulista./Rafael Vieira

Recife, PE, 31/08/2025 - SPORT X VASCO - Na noite deste domingo(31), a equipe do Sport recebeu a equipe do Vasco pelo Campeonato Brasileiro da Serie A 2025 no estádio da Ilha do Retiro. Técnico do Sport, Daniel Paulista. (Rafael Vieira)

Jogo a jogo
“Pensar em passo de cada vez.” A frase do goleiro Gabriel, na coletiva, precisa ser absorvida por todos na Ilha do Retiro – dirigentes, comissão técnica, jogadores e, principalmente, os torcedores. Quando começa uma competição, temos como hábito dividir a quantidade de jogos em etapas – a cada três, quatro, cinco ou seis partidas. O Sport já não tem mais o direito de projetar blocos de partidas como se estivesse em situação estável. O tempo das contas frias acabou. Com apenas uma vitória em toda a Série A, somando míseros 11 pontos e afundado a 12 de distância para sair do Z4, a única lógica possível é encarar cada rodada como uma final de campeonato. Domingo, contra o Corinthians, o time tem a obrigação de dar uma resposta. Não se trata apenas de quebrar o jejum de vitórias na Ilha do Retiro, mas de provar que ainda existe vida dentro do clube. Daniel Paulista precisa de um triunfo que devolva moral e confiança a um elenco fragilizado. Do outro lado, porém, estará um Corinthians embalado por Dorival Júnior, mirando uma Libertadores. Ou seja: um teste de fogo. Mas se o Sport quiser seguir respirando, não pode mais escolher adversário. São três pontos de uma importância enorme, que sendo conquistado, garante um primeiro passo bem firme para, quem sabe, ainda sonhar com a manutenção na Série A.

Meta para sair do Z4
A matemática é cruel e expõe a gravidade da situação: o Sport, com pífios 17,46% de aproveitamento, terá que somar mais 33 pontos nos 17 jogos restantes para alcançar os 44 necessários à permanência. Traduzindo: precisa saltar para um aproveitamento de quase 65%. É praticamente uma mudança de patamar em tempo recorde. A missão é duríssima, quase utópica, e só será possível com uma guinada radical: na postura, na intensidade e na capacidade de decidir jogos. O discurso de “estamos trabalhando” acabou. É hora de atitude.

Santa Cruz no pote E
O Santa Cruz, que deve aparecer no pote E da Copa do Brasil, corre o risco de logo na estreia encarar gigantes como Corinthians, Atlético/MG, São Paulo, Fluminense ou Grêmio. Será choque de realidades: de um lado, um clube tentando se reerguer estruturalmente; do outro, potências financeiras e técnicas do futebol nacional. Se for para enfrentar esse teste de fogo, que ao menos entre com coragem e dignidade, sem o papel de figurante. É a chance de medir forças e mostrar que o nome “Santa Cruz” não pode ser tratado apenas como coadjuvante de tabela.

Um novo Vavá?
O empresário e esportista Fortunato Russo ousou: comparou Kaio Jorge a Vavá, bicampeão mundial e artilheiro da Copa de 1962. A analogia pode soar exagerada, mas há elementos que sustentam o entusiasmo. O jovem pernambucano, hoje brilhando no Cruzeiro, alia potência física, velocidade e faro de gol raros no futebol brasileiro atual. Se mantiver evolução, pode sim trilhar caminho de ídolo. Mas que se faça justiça: antes de ser tratado como “novo Vavá”, Kaio precisa escrever sua própria história.

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