Yuri Romão explica presença de empresas ligadas a ele na RJ do Sport e nega irregularidade
O presidente do Sport também reforçou transparência na gestão, buscando equilibrar as finanças do clube
Publicado: 29/07/2025 às 20:46

Yuri Romão, presidente do Sport (Paulo Paiva/Sport Recife)
Yuri Romão, presidente do Sport, se posicionou publicamente sobre uma petição apresentada pelo sócio do clube, Leonardo Cruz, que questiona presença de empresas ligadas ao mandatário, além dele próprio, como pessoa física, na lista de credores da Recuperação Judicial (RJ) do clube. Durante entrevista coletiva nesta terça-feira (29), o dirigente rubro-negro classificou as movimentações como transparentes e respaldadas por auditorias.
Segundo Yuri, os valores devidos dizem respeito a aportes realizados para suprir lacunas emergenciais no caixa do clube, sobretudo diante das dificuldades financeiras e estruturais enfrentadas nos últimos anos.
"Existe um orçamento dentro do clube, acho que é a primeira vez em 120 anos com uma gestão que segue o orçamento. A gente tem como base não atrasar nada e, para não atrasar, às vezes os recursos que vêm de fora, ou seja, patrocínios, direitos de transmissão, várias receitas, têm vários problemas ao longo da minha gestão. Infelizmente, com a suspensão de jogos na Ilha do Retiro ou com portões fechados, isso tem um impacto gigantesco dentro do nosso orçamento", disse Yuri Romão.
REFORMAS NA ILHA DO RETIRO
Yuri citou, como exemplo, as reformas realizadas na Ilha do Retiro em 2024, que exigiram investimento significativo em diversos setores da estrutura do estádio, como iluminação, parte elétrica e sistema de drenagem do gramado. O presidente reforçou que não há qualquer tipo de irregularidade e que sua relação com o Sport, inclusive nas instâncias financeiras, está registrada em documentos oficiais, submetidos a auditorias independentes.
"No ano passado, como uma ousadia de nossa parte, precisávamos fazer as reformas necessárias na Ilha do Retiro e foi preciso muito recurso: troca da iluminação, a parte elétrica, que teve um custo maior, o gramado, que hoje, mesmo com chuva, não alaga, além de outras reformas pontuais no estádio. Tudo isso gera um "gap" financeiro, um desencaixe na hora de pagar uma folha ou algum fornecedor. E o clube precisou de dinheiro. Eu, como presidente do clube, não vi nenhum problema nisso. Fiz tudo de forma transparente, porque tudo o que foi feito está no balanço do clube, no balanço das minhas empresas — é público, inclusive", afirmou o presidente rubro-negro.
"Trabalho de forma séria, honesta. Saio de casa para fazer o bem, e nem sempre as pessoas do outro lado fazem o mesmo. Como disse, está lá no balanço do clube, auditado por uma grande empresa. Tem auditoria interna e externa. Temos hoje uma empresa que toma conta do financeiro, que é a Alvarez & Marsal, uma das maiores empresas do mundo, e que jamais seria conivente com qualquer coisa errada. Estou tranquilo em relação a isso", completou.
Apesar da pressão externa e das dificuldades vividas dentro de campo, Yuri lembrou que o Sport, atualmente, vive uma realidade muito mais equilibrada financeiramente em relação ao que encontrou no início da sua trajetória como dirigente rubro-negro.




























































































SITUAÇÃO FINANCEIRA DO SPORT
Apesar da pressão externa e das dificuldades vividas dentro de campo, Yuri ressaltou, em outro momento da coletiva, que o Sport, atualmente, vive uma realidade muito mais equilibrada financeiramente em relação ao que encontrou no início da sua trajetória como dirigente rubro-negro.
"Se fosse comparar esse momento atual com o momento em que encontrei o clube, ainda na gestão do presidente Leonardo Lopes, junto com ele, diria que estou em um mar de rosas. Hoje, o problema é desportivo e vamos corrigir dentro de campo. Lá atrás, eram quase três folhas dos profissionais e cinco folhas do administrativo atrasadas, devendo a todos os fornecedores. Um passado recente, de quase quatro anos atrás", comentou.

