Bruno Rodrigues fala sobre situação financeira do Santa Cruz e prevê tudo em dia até dezembro
Presidente coral atribui descompasso ao aumento da folha, e antecipação com a SAF é opção do clube para estabilizar as finanças
Publicado: 30/10/2025 às 17:12
 
                                Bruno Rodrigues, presidente do Santa Cruz (Marina Torres/ DP Foto)
Com o clube passando por transição para o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o presidente do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, falou abertamente sobre a situação financeira do clube e os desafios para manter as contas em dia até o fim do ano. Apesar das dificuldades, o dirigente garantiu que trabalha intensamente para encerrar 2025 com os pagamentos regularizados e projeta uma virada positiva no cenário financeiro tricolor.
Em entrevista à Rádio Jornal, Bruno destacou o esforço diário para equilibrar as finanças, especialmente diante das limitações de caixa antes da efetivação da SAF, que só deve assumir o controle total do futebol a partir da próxima temporada.
"Estou lutando 24 horas para isso (estar com pagamento em dia). Estamos trabalhando muito, conseguindo algumas fórmulas para sanar e terminar o ano com tudo em dia, e acho que vamos conseguir”, afirmou o presidente coral.
Atrasos pontuais e ajuda da SAF
O mandatário também reconheceu a existência de alguns atrasos salariais, mas garantiu que o clube já tem um planejamento definido para regularizar a situação nos próximos dias. Segundo ele, a própria SAF, que já atua como parceira financeira e operacional, poderá auxiliar nesse processo por meio de uma antecipação de recursos.
"Tem alguns dias em atraso que ainda neste mês a gente vai fechar essa conta e deixar tudo em dia. Acho, inclusive, que a própria SAF, parceira nossa desde o primeiro momento, também poderá ajudar com alguma antecipação, porque quando ela for formalizada e instalada todo o futebol vai para a SAF. Então, se porventura na transferência houver algum débito de jogador, ela vai levar esse débito também", explicou.
Folha ampliada e impacto da transição
Bruno explicou que o aumento nas despesas com a folha salarial foi um dos principais fatores para o recente descompasso financeiro. Com a chegada de reforços e a ampliação do investimento no elenco, parte dos contratos foi firmada já com a participação direta da SAF, o que elevou consideravelmente os custos mensais do clube.
"Todos os jogadores, profissionais, da base, vários desses foram contratados pela própria SAF, e isso deu um aumento muito grande na nossa despesa. Se você também recordar, até o início dessa parceria a gente não tinha atrasado salário algum. Então, como os valores aumentaram bastante de folha, isso deu um descompasso, mas nada que não seja ajustado rapidamente", concluiu o presidente do Santa Cruz.
 
    
 
    
 
                 
			