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SAF do Santa Cruz negocia naming rights do Arruda, mas alerta: 'Não por qualquer valor'

Iran Barbosa revela negociações em andamento, mas destaca postura firme sobre valorização dos ativos do Santa Cruz

Paulo Mota

Publicado: 17/09/2025 às 11:24

Estádio do Arruda, casa do Santa Cruz/Rafael Vieira

Estádio do Arruda, casa do Santa Cruz (Rafael Vieira)

O Santa Cruz está negociando a venda dos naming rights do Estádio do Arruda, mas o investidor da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, Iran Barbosa, fez questão de deixar claro que o espaço só será cedido por um valor que reflita o peso da marca tricolor. Segundo o empresário, o processo está em curso com mais de uma empresa interessada, mas ocorre de forma sigilosa para evitar problemas nas tratativas.

“Existe a possibilidade, temos uma competição boa acontecendo neste momento. Eu não posso falar nomes. Infelizmente, o segredo da negociação é o segredo. Os melhores negócios acontecem em silêncio, porque senão vira leilão”, afirmou Iran Barbosa, em entrevista ao podcast Beberibe 1285.

O investidor reforçou que a SAF não pretende fechar contratos a qualquer preço, tampouco agir com desespero para gerar receita imediata. “O cara que achar que o Santa Cruz é um saldão, que vai poder vir aqui oferecer qualquer dinheiro e a gente vai vender o espaço, está enganado. Não temos necessidade de fazer caixa de maneira desesperada. A camisa do Santa Cruz não é um abadá para ser vendida a qualquer valor”, declarou.

Apesar do interesse, Iran Barbosa admitiu que o Santa Cruz pode iniciar 2026 sem um acordo fechado para os naming rights, caso as propostas não alcancem o patamar financeiro considerado adequado. “Estamos olhando naming rights, mas se não chegar no valor que a gente quer, no patamar mínimo, é bem possível começarmos o ano sem naming rights”, completou.

Desafios no calendário corporativo

Um dos principais obstáculos nas negociações, segundo o investidor, é o calendário das empresas interessadas. Muitas delas já estão em fase de definição de orçamentos para o próximo ano, o que dificulta a alocação de verba para parcerias de médio ou longo prazo.

“A maioria das empresas fecha o orçamento entre outubro e dezembro. E até lá, não seremos SAF. Então é muito difícil você garantir uma reserva de montante agora. As empresas querem ter certeza de que a SAF estará operacional em janeiro, e hoje eu não consigo dar essa garantia. Esse é um desafio que temos a curto prazo”, explicou.

A expectativa é que, com a formalização completa da SAF, o Santa Cruz possa ampliar o leque de oportunidades comerciais e consolidar parcerias de maior porte — sempre com foco na valorização dos seus ativos.

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