Beto Lago: Santa Cruz na linha divisória entre o vexame e a esperança
A temporada do Santa Cruz, de tanta expectativa, será resumida em 90 minutos contra o Altos no Piauí
Publicado: 23/08/2025 às 12:49

São Lourenço da Mata, PE, 11/08/2025 - SANTA CRUZ X SERGIPE - Na tarde deste sábado(09), a equipe do Santa Cruz recebeu a equipe do Sergipe pelo Campeonato Brasileiro da Serie D 2025 na Arena de Pernambuco. Time do Santa Cruz (Rafael Vieira)
Prova de fogo
A temporada do Santa Cruz, de tanta expectativa, será resumida em 90 minutos. Ou talvez um pouco mais, se o drama das penalidades aparecer. A Série D não perdoa vacilos, e o duelo contra o Altos, no Piauí, será a prova de fogo de um time que ainda não mostrou a disciplina e a determinação que sua camisa exige. É no calor do Piauí, diante de um gramado ruim e de um adversário mais organizado, que o Tricolor precisa provar se ainda tem alma de clube grande. O Altos não assusta pelo peso da camisa, mas pela forma de jogar: mais toque de bola, mais padrão coletivo. O Santa, por sua vez, depende de algo que não se treina: superação. A tradição, por si só, não vence jogo algum, mas pode empurrar os jogadores a uma entrega maior. E é disso que o time precisa. Marcelo Cabo, que começou com boas ideias, se perdeu no meio do caminho. Confundiu conceitos, foi engolido pela pressão e já não consegue dar ao time a cara que prometia. É a hora de parar de reclamar e apresentar soluções. O Santa Cruz não precisa de desculpas, mas de futebol. O torcedor cansou de promessas. Quer ver raça, aplicação e coragem. São 90 minutos que valem o futuro do clube em 2026. A Série D não é lugar para o Santa Cruz, mas só há uma forma de sair dela: vencendo. E se o destino arrastar o drama para os pênaltis, que o goleiro Rokenedy esteja pronto para fazer sua parte. O jogo não é apenas mais uma partida. É a linha divisória entre o vexame e a esperança. Cabe aos jogadores conhecer o peso da camisa e escolher de que lado da história querem estar.
Herói ou vilão?
No elenco, há quem possa decidir. Mas a camisa coral não suporta mais atuações apáticas. Thiago Galhardo, por exemplo, precisa se enxergar como parte do problema e da solução. Sua recente entrevista, quase um deboche com a torcida, foi um tapa no rosto de quem carrega este clube nas arquibancadas. Se veio para ser protagonista, que prove em campo, e não fazer programas de TV ou sonhar com transferências para outros clubes.
Caruaru abraça a Patativa
Caruaru, enfim, abraçou de vez a Patativa. A expectativa é de bom público para a decisão diante do Maranhão. O Central precisa vencer para, no mínimo, levar o confronto às penalidades. Mas o time tem futebol para mais: conquistar a vitória por dois gols e avançar de forma direta ao último mata-mata da Série D. A arquibancada vai empurrar. Só falta o time corresponder em campo e mostrar maturidade na hora decisiva.
Náutico ganha mais um dia
O Náutico pediu e a CBF cedeu: o jogo contra o São Bernardo passou para o domingo, às 19h, após a delegação alvirrubra sofrer com problemas no voo na manhã de sexta e encarar uma madrugada desgastante de viagem. Um dia a mais acaba sendo importante para o elenco ter mais descanso mental e físico. O time precisa estar inteiro, afinal, a parti

