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Bartolomeu Bueno segue no Conselho Fiscal e aguarda consenso sobre o Arruda

Após anunciar possível renúncia, dirigente volta atrás, mas reforça oposição à transferência definitiva do Arruda

Paulo Mota

Publicado: 08/07/2025 às 13:14

Bartolomeu Bueno, presidente do Conselho Fiscal do Santa Cruz/Reprodução/TJPE

Bartolomeu Bueno, presidente do Conselho Fiscal do Santa Cruz (Reprodução/TJPE)

Cinco dias após anunciar sua possível renúncia da presidência do Conselho Fiscal do Santa Cruz, Bartolomeu Bueno decidiu permanecer no cargo. A mudança de postura ocorre após apelos de dirigentes do clube e em meio às negociações envolvendo a concretização da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A principal divergência segue sendo o futuro do Estádio do Arruda, que Bartolomeu Bueno defende que continue pertencendo ao clube associativo.

Em entrevista ao programa Momento Esportivo, da Rádio Clube, Bartolomeu Bueno revelou ter sido convencido a adiar a saída por lideranças do clube, entre elas o presidente do Executivo, Bruno Rodrigues, o presidente do Conselho Deliberativo, Victor Pessoa de Melo, o presidente da Patrimonial, Adriano Lucena, e membros do próprio Conselho Fiscal.

“Posterguei essa renúncia até que o presidente Bruno Rodrigues possa negociar com a SAF, para que possamos chegar num consenso. Acredito que haverá um entendimento nos próximos dias”, afirmou o mandatário.

Apesar da permanência, o dirigente mantém uma posição firme quanto à transferência definitiva do Arruda para os investidores da SAF. Segundo Bartolomeu Bueno, a legislação impede que o estádio, considerado patrimônio do clube e de seus torcedores, seja cedido em caráter definitivo.

“O Arruda é um patrimônio do Santa Cruz, da associação, do nosso torcedor. Foi concluído por várias gerações. Não temos o direito de entregar de graça para qualquer pessoa que seja”, declarou.

No entanto, Bartolomeu se mostrou disposto a aceitar a cessão do estádio por até 100 anos — um contrato de 50 anos renovável por mais 50 —, como pleiteado pelos investidores, mesmo preferindo inicialmente um prazo menor (35 + 35 anos). A intenção, segundo ele, é evitar ser um entrave à concretização do modelo de SAF.

A expectativa é de que nesta semana as negociações entre Executivo e investidores da SAF avancem e que a Comissão Fiscal se reúna posteriormente para emitir um parecer oficial sobre a SAF Coral.

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