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Investidor da SAF do Santa Cruz explica por que o Arruda fará parte do projeto

Um dos investidores, Iran Barbosa, detalha plano para incluir o Arruda na SAF do Santa Cruz

Paulo Mota

Publicado: 27/06/2025 às 13:30

Estádio do Arruda/Foto: Rafael Vieira/DP Foto

Estádio do Arruda (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)

O investidor Iran Barbosa, um dos responsáveis da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Santa Cruz, explicou os motivos que levaram à decisão de incluir o Estádio do Arruda dentro da estrutura da SAF. Segundo o empresário, a medida é estratégica para proteger o patrimônio do clube, garantir segurança jurídica e viabilizar os investimentos necessários para transformar a Cobra Coral em um clube financeiramente sustentável e competitivo no cenário nacional.

Iran Barbosa usou como exemplo a Arena MRV, do Atlético Mineiro, que também pertence à SAF do clube mineiro. Para o investidor, a posse do estádio pelo grupo investidor evita que o patrimônio seja ameaçado em momentos de crise.

“Quando a SAF do Atlético foi feita, a associação devia R$ 1,2 bilhão. Colocar o estádio dentro da SAF foi uma maneira de proteger o patrimônio. Se ele ficasse com a associação, corria o risco de ser vendido. O Arruda já foi várias vezes a leilão”, afirmou, em entrevista à Rádio Jornal.

O investidor reforçou que a inclusão do estádio no projeto não significa risco de venda futura, já que o patrimônio passa a ser protegido por contrato e pela própria estrutura da SAF. Ele ainda destacou que o investimento previsto no Arruda é da ordem de R$ 100 milhões, valor que seria “inviável” se o estádio não fizesse parte do ativo da SAF. “Pagar R$ 100 milhões para reformar um estádio que não é da SAF seria como pagar aluguel. Isso dá quase R$ 1 milhão por mês. Não é sustentável para nenhum clube do futebol brasileiro”, disse.

Outro ponto de destaque da proposta é o projeto de retrofit do Arruda, que será comandado pelo mesmo arquiteto responsável pela Arena MRV. A ideia é modernizar o estádio sem perder a identidade que o liga ao torcedor. “Vamos manter a essência. O Arruda vai continuar com a cara do torcedor raiz, mas com mais conforto, acesso e possibilidades de consumo. Ele será um símbolo da reconstrução do Santa Cruz”, declarou.

Por fim, Barbosa enfatizou que o contrato da SAF foi estruturado para proteger o clube em caso de descumprimento de metas por parte dos investidores. Há cláusulas que permitem à associação retomar o controle da SAF caso os acordos não sejam cumpridos. “Nosso contrato pune fortemente se não entregarmos o que prometemos. O Santa Cruz pode tomar o clube de volta”, concluiu.

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