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DIREITOS DE TRANSMISSÃO

Náutico analisa três opções para venda de direitos de transmissão em 2026

Escolha sobre direitos de transmissão deve impactar orçamento e planejamento esportivo do clube

Redação

Publicado: 26/12/2025 às 18:33

Recife, PE, 20/09/2025 - NÁUTICO X PONTE PRETA - Na tarde deste sábado(20), a equipe do Náutico recebeu a equipe da Ponte Preta pelo Campeonato Brasileiro da Serie C 2025 no estádio dos Aflitos./Rafael Vieira

Recife, PE, 20/09/2025 - NÁUTICO X PONTE PRETA - Na tarde deste sábado(20), a equipe do Náutico recebeu a equipe da Ponte Preta pelo Campeonato Brasileiro da Serie C 2025 no estádio dos Aflitos. (Rafael Vieira)

De volta à Série B do Campeonato Brasileiro, o Náutico precisa definir, nos próximos dias, qual caminho seguirá em relação aos direitos de transmissão de seus jogos como mandante, uma escolha que impactará diretamente o planejamento financeiro.

No momento, em informação antecipada pelo ge e confirmada pelo Diario de Pernambuco, três cenários distintos estão em discussão pela diretoria, que inclusive contratou uma empresa especializada em mercado para auxiliar nas negociações. Dois deles envolvem tratativas com a Liga Forte União (LFU), da qual o Timbu é membro fundador. O terceiro passa por um acordo direto com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O presidente Bruno Becker vinha reconhecendo que o diálogo com a LFU seria o mais complexo, sobretudo pelo período em que o Náutico esteve afastado da Série B após o rebaixamento para a Série C, em 2022. Esse intervalo fora da segunda divisão reduziu o 'poder de barganha' do clube no mercado.

LFU

Dentro da LFU, a primeira alternativa seria a venda de um percentual entre 10% e 15% dos direitos econômicos de transmissão pelos próximos 50 anos. O valor ainda não está definido, mas já existe o entendimento interno de que o Náutico não conseguirá cifras próximas às projetadas em negociações anteriores.

Há dois anos, o Náutico chegou a receber uma proposta de R$ 10 milhões pela cessão de 20% dos direitos de transmissão, mas o Conselho Deliberativo rejeitou o acordo por considerá-lo abaixo do ideal. Para 2026, a expectativa do clube era justamente alcançar algo próximo dos R$ 62 milhões. Contudo, o cenário atual aponta para uma realidade mais modesta.

Nesse contexto, a diretoria trabalha com a possibilidade de um aporte semelhante ao ofertado anteriormente, na casa dos R$ 10 milhões, visto hoje como o cenário mais realista dentro da LFU.

Outra alternativa seria aderir ao contrato coletivo já existente para a Série B, firmado entre a Liga e o grupo Disney/ESPN, válido até 2027, sem a venda de parte dos direitos econômicos.

Em 2026, o Náutico disputará apenas o Campeonato Pernambucano e o Campeonato Brasileiro. A ausência na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste reduz significativamente as possibilidades de receitas extras ao longo da temporada. Diante desse cenário, o clube projeta uma folha salarial em torno de R$ 2,5 milhões, reforçando a importância de uma decisão assertiva sobre os direitos de transmissão para equilibrar o orçamento e sustentar o planejamento esportivo do próximo ano.

CBF

A terceira via em análise é uma negociação direta com a CBF, fora da Liga. A entidade máxima do futebol brasileiro apresentou uma proposta de R$ 12 milhões brutos, com desconto apenas de impostos. Além da cota financeira, a CBF arcaria com custos operacionais como passagens, hospedagem e transporte. O ponto de atenção, porém, é que o contrato teria validade apenas anual, obrigando o Náutico a renegociar os direitos para 2027, além de permanecer fora da LFU.

Outro fator em aberto é a definição da emissora responsável pelas transmissões nesse modelo. No momento, a possibilidade mais concreta seria uma parceria com uma emissora de TV aberta, mas sem confirmação oficial.

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