Com mudança no departamento, comissão técnica do Náutico ganha maior poder no comando do futebol
Os técnicos Hélio e Guilherme dos Anjos passarão a possuir mais responsabilidades no futebol do Náutico
Publicado: 04/12/2025 às 15:47
Hélio e Guilherme dos Anjos em comemoração do acesso nos Aflitos (Gabriel França / CNC)
Com o anúncio da última quarta-feira (3) da mudança no departamento de futebol do Náutico, a comissão técnica ganhará um maior poder no comando do futebol alvirrubro. Os técnicos Hélio e Guilherme dos Anjos passarão a possuir mais responsabilidades dentro do clube, em um modelo de gestão pouco utilizado no futebol brasileiro.
A nomenclatura oficial da mudança é de que o clube adotará um Modelo de Gestão Técnica Integrada (MGTI) e o comando técnico assumirá responsabilidades de integrar processos, alinhar metodologia e orientar decisões esportivas estratégicas. Os exemplos utilizados pelo próprio clube no Brasil são de Abel Ferreira, no Palmeiras, e de Rogério Ceni, no Bahia.
A alteração promovida pela gestão do presidente Bruno Becker, reeleito para o biênio de 2026/2027, traz uma decisão importante para os rumos esportivos do Náutico na temporada. Apesar do momento de alta, colocar a comissão técnica como líder do planejamento do futebol poderá causar efeitos negativos em caso da descontinuidade do trabalho.
Desde que chegaram ao Náutico, Hélio e Guilherme, na prática, já assumiram atribuições acima de uma comissão técnica habitual. Em 2026, a gestão dos comandantes foi oficializada e o projeto indica um esvaziamento dos diretores responsáveis pelo futebol do clube.
Vale lembrar que os dois principais nomes do departamento de futebol do Náutico na temporada passada não seguirão no próximo ano. O vice-presidente de futebol, Eduardo Granja, já anunciou a sua saída da função, enquanto o executivo Edgard Montemor não teve o seu contrato renovado para a sequência.
Colunista do Diario de Pernambuco, Beto Lago enxerga como positivo Hélio dos Anjos estar à frente do departamento, mas pondera a falta da presença de um diretor de futebol. Segundo ele, um profissional como contraponto da comissão técnica seria o ideal para o atual momento do Timbu.
“Na temporada passada, sempre defendi que Hélio dos Anjos tivesse o poder maior na hora de contratações e renovações do elenco do Náutico, era essencial que ele tivesse esse poder. Acho que Hélio e Guilherme devem continuar tendo essa força na hora de indicar nomes, porém o Náutico não pode ficar apenas dependendo de Hélio doe Anjos. Estatutariamente, o Náutico precisa de gestores para comandar o clube. É necessário que Bruno Becker reveja essa posição, precisa ter sim um executivo ou estatutário, mas com poder. O contraditório é fundamental para se ter sucesso nesse momento do Náutico”, opinou Beto Lago.
Através das redes sociais, perfis ligados ao Náutico expuseram as suas opiniões da mudança. Enquanto um torcedor apoia a alteração na gestão, outros ponderam a falta de um profissional com maior expertise no mercado de contratações, por exemplo.
Confira:
A mudança feita pelo Náutico é uma mudança simples e óbvia. O futebol brasileiro quis se profissionalizar na base do modo Coach, cursos de 14 horas e paulistanos com nomes italianos saindo por aí praticando golpes.
— Chapox (@paulochapox) December 4, 2025
O futebol tem que ficar na mão de quem entende e não de um Enzo.
Hathos Rildo e Renato Barros opinam sobre a formação da direção de futebol do Náutico para 2026!
— Timbucast (@Timbucast_CNC) November 29, 2025
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