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Beto Lago: 'Náutico e o reencontro com sua identidade'

O Náutico retorna à Série B do Campeonato Brasileiro, após três anos

Beto Lago

Publicado: 13/10/2025 às 09:16

Hélio Borges fez o primeiro gol do Náutico /Nanda Prista

Hélio Borges fez o primeiro gol do Náutico (Nanda Prista)

De volta à Série B
Foi na base do sofrimento. Como manda o roteiro dos grandes acessos alvirrubros, o Náutico fez seu torcedor viver 90 minutos de pura tensão na vitória sobre o Brusque, nos Aflitos. Um jogo de coração acelerado, suor e lágrimas. Mas que terminou com o desfecho tão aguardado: o retorno à Série B. E essa conquista tem nome e sobrenome:Hélio dos Anjos. Desde que chegou, o treinador resgatou a confiança de um elenco que parecia sem rumo sob o comando de Marquinhos Santos. A transformação foi gradual. O time passou de apático a competitivo, e fechou uma primeira fase sólida, com futebol envolvente, pressão alta e um meio-campo que funcionava. Era o Náutico que o torcedor queria ver. Quando o quadrangular começou, o favoritismo era real. A vitória sobre o Brusque na ida parecia confirmar isso. Mas os tropeços em casa contra os dois times de Campinas reacenderam o velho fantasma do “quase”. O torcedor, calejado pelas frustrações recentes, se perguntava:“De novo não!”. Mesmo chegando à rodada final em quarto lugar, o Náutico não se entregou. Em Campinas, arrancou dois empates valiosos e manteve viva a esperança. E, nos Aflitos, soube sofrer e reagir. Nem o empate momentâneo, que eliminava o Timbu, abalou a confiança do grupo e da arquibancada. O gol de Paulo Sérgio, em cobrança de pênalti, foi a recompensa pela insistência e pela crença. O Náutico está de volta. E, acima de tudo, reencontrou sua identidade.

O trabalho de Hélio dos Anjos
É inegável: o acesso passa, em grande parte, pelas mãos de Hélio dos Anjos. Não foi apenas um bom treinador em campo. Foi um gestor de vestiário em meio a turbulências. Lidou com crises internas, protegeu jogadores e evitou que o ambiente desandasse. Tudo sem perder o foco competitivo. Sim, cometeu erros, mas quem não. Hélio conseguiu algo difícil, ao reconstruir a confiança de um elenco desacreditado. Sob seu comando, nomes que vinham em queda técnica voltaram a render. O sistema defensivo se ajustou, e o meio-campo ganhou intensidade. O acesso, portanto, não é apenas um resultado. É avalidação de um processo. Um trabalho que exigiu autoridade, coragem e, acima de tudo, liderança.

O que vem agora?
A volta à Série B é motivo para celebrar, mas também para refletir. O Náutico precisa aprender com seus erros recentes. Subir é difícil, permaneceré ainda mais. A estrutura do futebol, a montagem do elenco e o modelo de gestão precisam acompanhar o salto técnico. O torcedor fez sua parte: empurrou, acreditou, sofreu. Agora é hora de o clube mostrar que aprendeu com o passado e pode construir um futuro menos sofrido e mais consistente. O acesso foi uma conquista de alma. A permanência, se bem planejada, pode ser uma conquista de maturidade.

Homenagem no futsal
No próximo dia 7 de novembro, o Pernambuco Master Futsal vai prestar uma homenagem ao Sport, pelo título estadual de 1981 e também pelas 14 conquistas nacionais da base. O evento será uma grande festa, promovida pelo craque Calípio, um dos grandes nomes do “esporte da bola pesada” pernambucana.

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