Beto Lago: 'Náutico chega vivo, dependendo apenas de suas forças'
Depois de uma semana turbulenta, a atuação renovou a confiança do grupo e da torcida do Náutico
Publicado: 29/09/2025 às 09:57

Jogadores do Náutico (Gabriel França/CNC)
Bem vivo
Foi um sábado de parecia de sofrimento, mas que terminou com esperança para o torcedor do Náutico. Contra a Ponte Preta, a vitória parecia garantida até os 48 minutos, quando veio o balde de água fria com o gol adversário. Restava torcer para o Guarani tropeçar diante do Brusque – e aconteceu, com os catarinenses vencendo também nos acréscimos. O resultado recolocou a Ponte na Série B e devolveu a fé ao torcedor alvirrubro. Agora, o acesso depende apenas das forças do próprio Náutico. O Timbu está vivo no quadrangular. Em Campinas, o Náutico se portou com o time que finalizou a primeira fase em alta: pressionou a Ponte, dominou o primeiro tempo e abriu o placar com pênalti confirmado pelo VAR. Sofreu o empate, é verdade, mas mostrou aplicação e postura de quem ainda quer algo no campeonato. No próximo sábado, no Brinco de Ouro, será decisão contra o Guarani. Vencer significa levar a briga final para os Aflitos, contra o Brusque. Uma derrota e fica mais um ano na Série C. Agora, é esperar pela recuperação dos atletas machucados para que o técnico Hélio dos Anjos tenha força total. Depois de uma semana turbulenta, a atuação renovou a confiança do grupo e da torcida. Se repetir essa entrega, dá, sim, para acreditar.
E até o empate contra o Guarani não pode ser desprezado. A decisão ficaria para os Aflitos, onde o Náutico tem a força de sua torcida. Além disso, o clássico campineiro promete ser fogo: Guarani e Ponte têm uma das rivalidades mais intensas do País. O torcedor alvinegro, certamente, vai querer estragar a festa do rival, impedindo o acesso do rival para a Série B. Ou seja, não há moleza para ninguém.
Um time que não subiu
Já o Sport segue sua sina de time sem alma na Série A. Perdeu para o Fortaleza com a apatia que virou rotina. No gol sofrido no fim do primeiro tempo, escancarou a passividade da defesa, que foi mero espectador: limitou-se a assistir o adversário trabalhar a jogada. Na etapa final, a reação produziu apenas um lance, com a bola de falta cobrada por Hyoran. Resultado: mais uma derrota para a conta. Na quarta, já volta aos gramados para encarar o Fluminense, na Ilha do Retiro. Mas, a situação fica cada vez mais complicada. O Leão parece um intruso na Série A: não tem cara de elite, não joga como elite e apenas cumpre tabela.
Recorde e decepção
Na Arena de Pernambuco, a festa prometia ser histórica: público recorde igualado, torcida coral empolgada e clima de final. Mas dentro de campo, o Santa Cruz voltou a decepcionar. Outra exibição fraca, derrota por 2x1 para o Barra e uma vantagem enorme entregue ao adversário. O time catarinense joga pelo empate em casa, onde só perdeu uma vez nesta Série D. A torcida coral fez sua parte, mas foi traída mais uma vez pela equipe, que na reta final não está à altura do espetáculo que vemos das arquibancadas. A cada jogo decisivo, o Santa decepciona. A verdade é que a camisa é pesada, mas sem futebol não há milagre.

