Náutico
SÉRIE C

Beto Lago: Náutico precisa vencer para se manter vivo na briga pelo acesso

Neste sábado (20), nos Aflitos, contra a Ponte Preta, não há espaço para tropeço do Náutico

Beto Lago

Publicado: 20/09/2025 às 12:55

Torcida do Náutico nos Aflitos/Gabriel França / CNC

Torcida do Náutico nos Aflitos (Gabriel França / CNC)

Vale muito
É jogo do ano. É decisão. É o duelo que pode definir o futuro do Náutico nesta Série C. Sábado, nos Aflitos, contra a Ponte Preta, não há espaço para tropeço. O Timbu precisa vencer para não se afastar da parte de cima e seguir vivo na briga pelo acesso. A vitória sobre o Brusque aumentou a confiança, mas a derrota para o Guarani expôs fragilidades. E não foi um tropeço qualquer: o Bugre é, para mim, rival direto do Náutico na disputa pela vaga. A Ponte também é. A semana foi intensa para Hélio dos Anjos, que precisa recuperar o moral do grupo e, principalmente, arrumar a defesa, antes elogiada como a mais sólida do Brasil, hoje sob suspeita. Sem Carlinhos e Mateus Silva (barrado por cláusula contratual absurda de R$ 500 mil), a zaga terá João Maistro, mas a outra vaga ainda é incógnita: improvisar Igor Fernandes ou apostar no garoto Índio? Eu iria com Índio. É arriscado, mas menos danoso do que desmontar o lado esquerdo. Promessa de casa cheia, mais de 15 mil torcedores. E a torcida precisa entender: este não é mais um jogo, é a chance de manter vivo o sonho do acesso. Nos Aflitos, pressão tem que jogar junto.

Sem sapato alto
Ao Santa Cruz basta um empate para chegar à final. No papel, parece fácil. Mas é aí que mora o perigo. O elenco precisa entrar em campo com fome de decisão e não com a soberba de quem se considera favorito. As festas da semana ficaram para trás. A motivação está na arquibancada, com o povão coral lotando a Arena de Pernambuco. O Santa tem mais time que o Maranhão, sim. Mas favoritismo não ganha jogo, futebol é entregue dentro das quatro linhas. É noite de concentração total, intensidade máxima e nada de “sapato alto”. Deixem a festa com a torcida.

Pode aprontar uma surpresa
O Corinthians chega como favorito. É natural: camisa pesada, embalado no Brasileiro e na Copa do Brasil. Mas favoritismo não é garantia de vitória, ainda mais com os desfalques que Dorival Júnior terá de administrar. É aí que mora a oportunidade do Sport. Sem Lucas Lima, Daniel Paulista precisa ousar. É jogo para colocar velocidade, apostar no talento de Matheusinho centralizado e dar liberdade a Romarinho, Derik e Léo Pereira. Se for para surpreender, tem que ser atacando, não se encolhendo. A Ilha sabe empurrar, mas precisa ver atitude em campo. O Corinthians vem forte, mas o Sport tem a chance de acabar com um jejum incômodo de seis meses sem vencer jogos dentro de sua casa.

Homenagem ao ex-presidente Dhália
Neste domingo, o ex-presidente José Dhália da Silva completaria 116 anos. E é inconcebível que o Sport siga sem uma homenagem à altura da sua história. Dhália não foi apenas dirigente: foi um benfeitor que transformou o clube. Ele ampliou a Ilha do Retiro, deu nova drenagem e iluminação ao estádio, inaugurado em 1954 contra o São Paulo. Doou terrenos em Boa Viagem, que fizeram aumentar o patrimônio rubro-negro. O Rancho Dhália, em Aldeia, serviu como concentração oficial do time – a Toca do Leão. O legado é enorme e o reconhecimento, nulo. Hora de a diretoria rubro-negra corrigir essa injustiça.

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