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Conselho do Náutico discute contrato com a FutebolCard e uso de verba do Grupo Mateus

Conselho do Náutico realiza reuniões decisivas nesta terça-feira; contrato com a FutebolCard e uso de verba do Grupo Mateus estão em pauta

Paulo Mota

Publicado: 01/07/2025 às 11:27

Sede social do Náutico/Divulgação/Náutico

Sede social do Náutico (Divulgação/Náutico)

O Náutico vive nesta terça-feira (01) um momento crucial nos bastidores. O Conselho Deliberativo do clube realiza duas reuniões que podem definir os rumos administrativos e financeiros da temporada. Em pauta, estão a renovação do contrato com a empresa FutebolCard e o uso de parte dos recursos pagos pelo Grupo Mateus, originalmente destinados à Recuperação Judicial. As decisões podem gerar impacto direto na gestão do presidente Bruno Becker e até no futuro do Timbu dentro de campo.

A primeira reunião está marcada para às 18h e dará continuidade ao debate iniciado na semana passada. O principal ponto em discussão é a proposta de renovação do contrato com a FutebolCard, empresa responsável pela gestão do programa de sócios e pela bilhetagem dos jogos do clube. O novo vínculo teria duração de cinco anos, ultrapassando o mandato do atual presidente, Bruno Becker, o que exige a aprovação do Conselho Deliberativo.

O acordo prevê o pagamento de R$ 500 mil em luvas e também a possibilidade de um adiantamento de R$ 1 milhão à gestão atual. Por envolver valores e compromissos futuros, o tema gera discussões internas sobre a conveniência e a legalidade da assinatura ainda nesta gestão.

A segunda reunião da noite será motivada por um requerimento assinado por 70 conselheiros, que exigem explicações sobre a decisão do presidente Bruno Becker de utilizar parte da verba da multa contratual paga pelo Grupo Mateus como fluxo de caixa. O valor, segundo o plano de Recuperação Judicial do clube, deveria ser integralmente destinado à reestruturação financeira do Timbu.

Caso o Conselho entenda que houve irregularidade, o presidente poderá ser alvo de um processo administrativo, com punições que variam de advertência até afastamento do cargo.

Em entrevista ao Diario de Pernambuco, o conselheiro Alexandre Asfora destacou a necessidade de separar os assuntos internos das questões esportivas.

“Ao nosso ver, os assuntos não podem se misturar. O Náutico dentro de campo precisa estar blindado, 100% focado, e cabe ao presidente do executivo proporcionar esse ambiente”, afirmou. Ele também criticou a condução financeira da atual diretoria: “Da forma como se apresenta, não houve planejamento, ou ele foi muito mal elaborado”, destacou.

As decisões tomadas nas reuniões desta terça-feira podem marcar um ponto de virada no ano do clube, que além de enfrentar desafios dentro de campo, também vive momentos de tensão e cobrança fora dele.

 

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