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COLUNA BETO LAGO

Beto Lago: 'Declarações que mostram a realidade do nosso futebol'

As declarações do técnico do Cruzeiro, Leonardo Jardim, mostram o espanto de profissionais estrangeiros a chegar ao ambiente do futebol brasileiro

Beto Lago

Publicado: 31/10/2025 às 08:44

Leonardo Jardim, técnico português do Cruzeiro/Caíque Coufal / Cruzeiro

Leonardo Jardim, técnico português do Cruzeiro (Caíque Coufal / Cruzeiro)

Com coerência
Nos últimos anos, o futebol brasileiro se tornou um destino exótico e, em muitos casos, caótico, para treinadores estrangeiros. A “invasão” começou com argentinos, uruguaios e colombianos, mas agora o sotaque dominante é o lusitano. Portugal, que sempre exportou jogadores e vinho do Porto, passou a enxergar no Brasil um refúgio para técnicos em busca de recomeço, inclusive alguns rejeitados pela Europa. Mas, esses estrangeiros também trazem um olhar externo que expõe verdades incômodas. Leonardo Jardim, técnico do Cruzeiro, foi o mais recente a fazer isso. Após o duelo contra o Palmeiras, ele disparou contra o estado lastimável do futebol brasileiro. Criticou gramados ruins (agora, com o agravante dos sintéticos de baixa qualidade), apontou o colapso da arbitragem e lembrou a total ausência de um sindicato atuante de jogadores, incapaz de defender calendário, saúde e dignidade profissional. Jardim não falou como quem olha de cima, mas como quem se espanta com o atraso. Seu diagnóstico é preciso: o futebol brasileiro, que se vende ao mundo como “o País do Futebol”, é conduzido com o amadorismo de uma pelada de fim de semana. E, como ele bem resumiu, por aqui os jogos já não são decididos apenas por talento. São decididos por gramados, apitos, calendários e confusões. Um entorno que continua a vencer o jogo contra a profissionalização.

Sentar para discutir 2026
Para evitar qualquer atraso no planejamento de 2026, o presidente do Náutico e candidato à reeleição, Bruno Becker, precisa dar um passo à frente e chamar o opositor Pablo Vitório para uma conversa franca sobre o futuro do clube. Discutir renovações, contratações e diretrizes técnicas agora seria um gesto de grandeza e maturidade, capaz de colocar o Timbu acima das vaidades políticas. Além disso, ajudaria a encerrar o ruído causado por declarações infelizes de ambos os lados sobre o bate-chapa que se aproxima. O pleito alvirrubro é legítimo e democrático, mas o futebol não espera. O planejamento para 2026 precisa começar hoje.

Eleição no Cabanga
O Cabanga Iate Clube entra em período eleitoral e decidiu fazer isso com seriedade. No dia 13 de novembro, o clube renova 50% do seu Conselho Deliberativo e montou uma comissão eleitoral de peso, formada pelos advogados Delmiro Campos, Rodrigo Cahú (ambos ex-desembargadores do TRE-PE) e Eduardo Emerenciano (ex-conselheiro da OAB-PE). Num momento em que transparência virou palavra de ordem, o Cabanga dá um bom exemplo: coloca o processo eleitoral nas mãos de um trio jurídico experiente e independente, blindando o pleito contra questionamentos e reforçando a credibilidade da instituição.

Golfe no Caxangá
O Caxangá Golf & Country Club sedia até domingo a 40ª edição do Aberto de Golfe do Caxangá, o mais tradicional do Norte e Nordeste e um dos principais do País. O evento mostra sensibilidade social: 5% da arrecadação dos ingressos será destinada à Organização Aldeias Infantis SOS, que acolhe e protege crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. O campeonato, válido para o ranking nacional, reúne atletas profissionais e amadores.

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