Esportes
GINÁSTICA

Brasileiro de Ginástica no Recife inicia a categoria adulta e traz reflexão de Roger Medina

Técnico do Cegin relembra trajetória com nomes históricos e reforça renovação após era de conquistas com Flavinha, Rebeca e Jade Barbosa

Gabriel Farias

Publicado: 04/09/2025 às 20:12

Roger Medina, técnico do Cegin, academia de ginástica do Paraná, durante o Campeonato Brasileiro no Recife/Gabriel Farias/DP

Roger Medina, técnico do Cegin, academia de ginástica do Paraná, durante o Campeonato Brasileiro no Recife (Gabriel Farias/DP)

O Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística, que movimenta o Ginásio Geraldão, no Recife, iniciou uma nova etapa nesta quinta-feira (4). Após quatro dias dedicados às disputas infantis, encerradas na quarta (3), será a vez da categoria adulta brilhar nos aparelhos. Os treinos seguem até sexta, com o treino de pódio. A competição começa no sábado (6) e se encerra no domingo (7), reunindo as principais estrelas do país.

Entre os nomes confirmados estão Flávia Saraiva, Júlia Soares, Lorrane Oliveira e Arthur Nory, todos medalhistas internacionais e com passagens marcantes pela Seleção Brasileira. Além dos atletas em atividade, o torneio também recebe ex-campeões, como Arthur Zanetti, ouro olímpico nas argolas, e a pentatleta Yane Marques, vice-presidente do COB. Já Rebeca Andrade, principal nome da ginástica brasileira da atualidade, não participa do evento por conta da proximidade com o Mundial, marcado para 19 de outubro.

No Recife com a equipe do Cegin, do Paraná, o técnico Roger Medina vive o torneio como um momento de olhar para o presente, mas sem deixar de refletir sobre o futuro da modalidade: "Meu sonho é que a gente consiga fazer novas gerações e que essa, com a Rebeca Andrade, a Flávia Saraiva, a Jade Barbosa, se vá e que todos os clubes do país possam fazer ginastas a essas alturas, que possam substituir ao mesmo nível os resultados que o nosso país tem hoje", afirmou.

Trajetória cercada por grandes talentos da ginástica

O treinador tem longa trajetória no esporte e já esteve presente em formações históricas da ginástica brasileira. Foram mais de 10 anos de Seleção Brasileira, trabalhando com nomes como: Daiane dos Santos, Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa e Lais Souza. Em entrevista ao Diario de Pernambuco, Roger detalhou essa captação de talentos na história da modalidade no país.

Para ele, cada ciclo precisa deixar um legado, e a transição para novas ginastas é a chave para que o Brasil siga competitivo no cenário internacional.

Ele recorda o início da carreira como atleta e o momento em que percebeu o talento de Laís, uma das maiores referências da ginástica artística brasileira.

"A Laís Souza foi minha ginasta desde os oito anos e lá trabalhei junto com todas essas meninas, acompanhando a formação de três ciclos olímpicos (2004, 2008, 2012) ao lado do Oleg Ostapenko e da Iryna Ilyashenko. A partir daí eu saí e fui fazer outros projetos particulares”, relembrou.

"Na minha época de ginasta, em 1996, eu treinava em Ribeirão Preto e fazia uma transição de carreira, enquanto a Laís tinha oito anos e estava nas escolinhas da cidade, no Colégio Oswaldo Cruz. Nesse momento já detectamos o talento. Ela foi comigo para São Paulo, acho que aos 11 anos, morou lá e conseguimos que ela fosse campeã brasileira treinando na AGITH, de São Caetano do Sul. Depois disso, o Oleg chegou ao Brasil e aplicou testes para escolher meninas que fariam parte da seleção permanente. Das 17 meninas que ele escolheu, cinco eram minhas”, completou. 

Como foi o tempo de seleção brasileira? 

"Fui para Curitiba e tive o contato de formação junto com o Oleg e a Iryna, que formaram meus professores. A partir daí veio a Thais Fidelis, que começou comigo bem novinha e foi comigo para o Mundial em 2017", destacou.

Entre tantas lembranças, Roger não esconde o orgulho de momentos que marcaram a história da ginástica brasileira: "Gosto de ressaltar o Mundial por equipes em 2009, na Alemanha, com Jade Barbosa e Laís Souza. Essa foi uma competição importante porque eu estava ao lado da Iryna e o Brasil terminou como a quinta melhor potência do mundo. Outro momento foi o Mundial em que fui com a Thais, quando ela foi a quarta melhor ginasta do mundo e por muito pouco não ficou em terceiro lugar", contou.

 

Mais de Esportes

Últimas

WhatsApp DP

Mais Lidas

WhatsApp DP