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Economia
Emprego

Pernambuco e Recife se destacam na criação de empregos no Nordeste

Em maio, Pernambuco registrou 9.754 novos empregos com carteira assinada

Thatiany Lucena

Publicado: 30/06/2025 às 21:22

Os números para Pernambuco e para o Recife foram puxados pelo setor de Serviços/ Foto: Gabriel Santana/Sedepe

Os números para Pernambuco e para o Recife foram puxados pelo setor de Serviços ( Foto: Gabriel Santana/Sedepe)

Pernambuco e o Recife registraram aumento dos empregos com carteira assinada em maio deste ano. Enquanto a capital pernambucana liderou o número de empregos entre as capitais do Nordeste, com a geração de 4.121 vagas formais, o estado alcançou o segundo maior número geração de empregos na região, com 9.754 novos vínculos com carteira assinada, um crescimento de 106,4% se comparado ao mesmo período de 2024 (4.742).

Os números para Pernambuco e para o Recife foram puxados pelo setor de Serviços. No estado, o setor registrou saldo positivo de 5.386 postos de trabalho; enquanto na capital o setor contabilizou 3.599 empregos e 0,94% de crescimento. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

“Os segmentos com maiores influências no setor de serviços em geração de empregos formais (em Pernambuco) foram atividades administrativas e serviços complementares, responsáveis pela geração de 3.219 vagas, entre admitidos e desligados. O mês de maio tem a relevância dos aspectos sazonais que influenciam o setor, porém o mais interessante foi o avanço no segmento de fornecimento e gestão de recursos humanos, o qual vem apresentando sucessivos avanços de acordo com o Caged”, aponta o economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-PE), Rafael Lima.

O economista destacou ainda que o cenário positivo na geração de empregos no mês de maio é influenciado pelas datas comemorativas, como o Dia das Mães, que impactam principalmente os serviços de alimentação, com o maior movimento dos restaurantes, por exemplo. Lima também analisou que a preparação para as datas de junho (Dia dos Namorados e São João) impactaram positivamente o setor.

Em relação aos próximos meses, o economista projeta um cenário positivo, influenciado pelas importantes datas comemorativas no segundo semestre, que deve impactar também na geração de mais empregos. “É esperado o avanço da mão de obra para o varejo por força do emprego temporário, mas com forte influência do nível de consumo das famílias que ditará o ritmo de contratações”, afirma. Segundo Lima, o índice de consumo das famílias, acompanhado pela Fecomércio-PE, principalmente das famílias com menor renda, foi registrado ligeiramente acima dos 100 pontos, o que explica o leve otimismo dos consumidores.

Análise dos números

Pernambuco


Em maio deste ano, Pernambuco alcançou o segundo maior número geração de empregos no Nordeste, atrás apenas da Bahia, que gerou saldo de 12.858 novas vagas de emprego formal. Além disso, o estado superou a geração de empregos da região Sul do país, que somou 7.117 vagas no mesmo mês. No período, além do setor de Serviços, o saldo também foi impactado pela Indústria (2.026) e Agropecuária (872).

“Estamos trabalhando para gerar oportunidades para os pernambucanos, e os resultados mostram que o caminho da geração de emprego e renda estão sendo alcançados no Estado. Este é um trabalho feito por todo o governo, por meio de programas de empreendedorismo, obras de estradas, iniciativas de qualificação e outras ações, colocando Pernambuco em importantes posições no Nordeste e no Brasil”, destacou a governadora Raquel Lyra.

O resultado também é o melhor para um mês de maio desde o ano de 2020, quando teve início a série histórica do Novo Caged. “Pernambuco se destacou no cenário nacional com a geração de oportunidades em todas as regiões do Estado e com o trabalho de conectar a população às vagas de emprego criadas. O nosso desempenho em maio é o maior dos últimos oito meses, trazendo novos postos de emprego formal em todos os grandes setores da economia”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco, Manuca.

"Isso é resultado de uma ação contínua para atração de investimentos privados e realização de investimentos públicos. Essas ações coordenadas estão mostrando resultado na criação de um melhor ambiente de negócios. Isso é um excelente resultado para a vida dos pernambucanos", afirmou Guilherme Cavalcanti, secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.

Recife

Já o Recife ficou na frente de Fortaleza (CE) (3.327), João Pessoa (PB) (3.161) e Salvador (BA) (1.836). Na capital, na sequência do setor de Serviços, o saldo positivo foi registrado na Construção Civil (363); Comércio (113) e Indústria (50). O grupo de Agropecuária foi o único com saldo negativo, com -4 postos de trabalho.

Desde janeiro, a capital soma 15.201 postos de trabalho formais criados em 2025. Isso representa 76% do total criado em Pernambuco nos cinco primeiros meses do ano (19.971).

"Celebramos mais um bom resultado da pesquisa e Recife se coloca na dianteira na ocupação de empregos formais gerados em Pernambuco. Esse ritmo de crescimento tende a se repetir no segundo semestre e é nesta direção que continuaremos a investir nossas atenções em projetos, programas e iniciativas", afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico do Recife, Carlos Andrade Lima.

"A atração de novos negócios, a sustentabilidade econômica e a desburocratização são pilares importantes defendidos pela Prefeitura do Recife e é nesse rumo que seguiremos trabalhando", acrescentou.

 

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