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Aldeia em Pesqueira recebe ação do Ministério da Saúde contra a dengue

Ministério da Saúde libera 50 mil mosquitos Aedes estéreis na aldeia Cimbres, em Pesqueira

Agência Brasil

Publicado: 13/12/2025 às 17:21

Imunização é feita na aldeia Cimbres em Pernambuco
/Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Imunização é feita na aldeia Cimbres em Pernambuco (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Ministério da Saúde iniciou a liberação de mosquitos Aedes aegypti machos estéreis na aldeia Cimbres, localizada no município de Pesqueira, no Agreste pernambucano. De acordo com nota oficial da pasta, já foram liberados 50 mil insetos com o objetivo de fortalecer o controle de arboviroses na região.

“A estratégia impede que os mosquitos, ao acasalarem com as fêmeas, produzam descendentes, contribuindo para a redução gradual da população do vetor e da transmissão de vírus”, detalhou o comunicado.

De acordo com o ministério, a ação marca o início da aplicação da Técnica do Inseto Estéril por Irradiação (TIE) em territórios indígenas. Para as próximas fases, está prevista a liberação semanal de mais de 200 mil mosquitos estéreis.

Além da aldeia Cimbres, a tecnologia será implantada também no território Guarita, em Tenente Portela (RS), e em áreas indígenas de Porto Seguro (BA) e de Itamaraju (BA). O investimento inicial é de R$ 1,5 milhão, contemplando produção, logística e monitoramento da estratégia.

Ainda segundo a pasta, a continuidade e a expansão das ações vão depender dos resultados alcançados e da avaliação técnica das equipes envolvidas. Os dados vão permitir analisar o impacto na redução de casos de dengue, Zika e chikungunya.

Entenda
A Técnica do Inseto Estéril utiliza a própria espécie para reduzir a população de Aedes aegypti. Em laboratório, os mosquitos machos são esterilizados por radiação ionizante, tornando-se incapazes de gerar descendentes, e são posteriormente liberados em grande quantidade nas chamadas áreas-alvo.

Ao acasalarem com as fêmeas, os machos não produzem filhotes, levando à diminuição progressiva da população de vetores de arboviroses.

“Por não empregar inseticidas e não oferecer riscos à saúde ou ao meio ambiente, a técnica é indicada para territórios indígenas situados em áreas de preservação e florestas, onde o uso de produtos químicos é restrito ou proibido”, destacou o ministério.

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