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Empresário alvo da PF recebeu R$ 10 bilhões do governo federal

PF realizou buscas na empresa de Luiz Otávio Fontes Junqueira e na sua residência, onde apreendeu três veículos de luxo da marca Porsche

Diario de Pernambuco

Publicado: 24/07/2025 às 08:34

Luiz Otávio Fontes Junqueira, presidente da LCM Construção e Comércio, é um dos alvos da Operação Route 156, da Polícia Federal/Foto: Reprodução/Redes Sociais

Luiz Otávio Fontes Junqueira, presidente da LCM Construção e Comércio, é um dos alvos da Operação Route 156, da Polícia Federal (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Luiz Otávio Fontes Junqueira, presidente da LCM Construção e Comércio, é um dos alvos da Operação Route 156, da Polícia Federal, que investiga fraudes em licitações e desvio de recursos públicos no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), no Amapá.

Desde sua criação, em 2014, a LCM firmou contratos que somam cerca de R$ 10 bilhões com o governo federal, incluindo mais de R$ 400 milhões viabilizados por emendas parlamentares, dos quais R$ 71 milhões partiram do chamado “orçamento secreto”, mecanismo criticado pela falta de transparência.

De acordo com a coluna de Fábio Serapião, laudos da PF apontam que a empreiteira participou de pregões eletrônicos com indícios de fraude, como propostas sem desconto, simulação de concorrência e restrições que favoreciam determinadas empresas. A investigação também apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo saques fracionados que totalizam R$ 680 mil, realizados por terceiros ligados ao empresário.

Na terça-feira (22), a PF realizou buscas na sede da LCM, em Belo Horizonte, e na residência de Junqueira, em Nova Lima (MG), onde apreendeu três veículos de luxo da marca Porsche.

A operação também tem como alvos o superintendente afastado do DNIT no Amapá, Marcello Linhares, e o empresário Breno Chaves Pinto, segundo suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Segundo a PF, Breno usava sua ligação com o senador para facilitar a liberação de verbas. Ele está ligado à LB Construções, vencedora de uma licitação para obras na BR-156, e também mantém contratos com a Codevasf. Alcolumbre, porém, não é investigado.

A LCM afirma que não houve qualquer irregularidade em sua atuação e que está à disposição das autoridades. O DNIT, em nota, declarou que repudia práticas ilegais e colabora com a apuração dos fatos.

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