Enem 2025: Estudantes recebem apoio de amigos e familiares antes da prova
Ao lado de parentes e amigos, estudantes encheram ruas do Recife, neste domingo, à espera do segundo dia do Enem 2025
Publicado: 16/11/2025 às 13:18
Estudantes que chegaram para fazer o segundo dia de prova do Enem, neste domingo (16), na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), receberam o apoio da família (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
Pouco mais de uma hora antes da abertura dos portões, os arredores da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no bairro da Boa Vista, área Central do Recife, já estavam tomados por estudantes, de todas as idades, aguardando o início do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025.
Na Rua Bernardo Guimarães, conhecida como Rua do Lazer, um grupo de estudantes conversa próximo ao portão de acesso do bloco A e B. Patrícia Ramos, de 41 anos, tinha sido a primeira. “Fiquei com medo de pegar trânsito, me atrasar, alguma coisa acontecer no caminho. Cheguei aqui às 9h30”, contou. Ela quer cursar Pedagogia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Com ela estava o estudante João Vitor Falcão, de 19 anos, que quer cursar Medicina. Este é seu segundo ano fazendo a prova “para valer”. “Eu gostei bastante do tema da redação. A prova foi longa e cansativa, mas foi tranquilo”, afirmou.
Apoio
Ainda na Rua do Lazer, o estudante do 2º ano do Ensino Médio, João Guilherme Lima, de 17 anos, contava com o apoio da mãe e do irmão, de 8 anos, para se tranquilizar antes da prova.
“Eu acho que essa presença nesse momento tão importante de virada de ciclo, saindo da adolescência, enfrentando a juventude. A família estar presente faz toda diferença”, afirmou Renata Lima, de 40, mãe do rapaz.
Com tanto apoio, João Guilherme afirmou que estava confiante. “Eu me identifico mais com essas matérias de hoje, exatas e natureza. Semana passada foi mais difícil”, confessou.
Assim como João Guilherme, a também treineira Maria Alice Canto, de 16 anos, era acompanhada pelo tio, Luiz José Albuquerque, de 42. “Eu chamei ela para irmos no shopping antes, dar uma volta, desopilar, sabe? Mas ela não quis, aí viemos para cá umas 11h e pouca”, disse.
Ela contou que quer estudar ou medicina ou biomedicina quando concluir a escola. “Eu estou nervosa porque exatas é mais complicado, especialmente a parte de química. A prova de domingo passado foi muito boa, eu só achei um pouco confuso a parte da perspetiva na redação”, afirmou.
Abertura dos portões
Com a abertura dos portões, a multidão de estudantes correu para dentro da universidade. Do lado de fora, familiares gritavam palavras de afeto e força. Alguns choravam.
Uma delas foi a mãe do treineiro Arthur Medina, de 16 anos. Maria Lúcia Coelho, de 46, contou, emocionada, que aquela era a primeira vez do filho fazendo o ENEM.
“Ele é treineiro, mas o sentimento é como se fosse já valendo. É a hora dele testar os conhecimentos, a emoção é demais”, disse.