Após denúncia do Diario, Prefeitura do Recife limpa área de descarte irregular em Boa Viagem
A limpeza da área foi executada após denúncia publicada pelo Diario de Pernambuco. Informação foi divulgada nesta quarta (5)
Publicado: 05/11/2025 às 09:49
Após denúncia, Prefeitura do Recife realiza limpeza em área de descarte irregular em Boa Viagem (Divulgação/PCPE)
Após denúncia publicada pelo Diario de Pernambuco sobre o descarte irregular de restos de obras e cocos velhos em uma área próxima ao Residencial Via Mangue III, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, a Prefeitura do Recife realizou a limpeza do local.
Em nota divulgada na manhã desta quarta-feira (5), a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) informou que o serviço foi executado na última quinta-feira (30). Segundo o órgão, a limpeza é feita de forma recorrente na área, “onde a população insiste em realizar o descarte irregular, mesmo havendo uma ecoestação disponível embaixo da Via Mangue, nas proximidades do RioMar, e outra embaixo do Viaduto Tancredo Neves”.
Relembre o caso
Moradores do Residencial Via Mangue III e comerciantes da região vêm enfrentando problemas causados pelo acúmulo de entulhos e restos de coco em uma área que deveria ser de preservação de mangue. A denúncia foi encaminhada ao Diario de Pernambuco na última terça-feira (28).
O texto enviado por um morador relatava que, embora a prefeitura realizasse a limpeza após solicitações, o lixo voltava a se acumular no dia seguinte, comprometendo o meio ambiente e a convivência na comunidade.
De acordo com o líder comunitário Manoel Messias, de 45 anos, os moradores ligam frequentemente para a Emlurb solicitando a retirada do material, que atrai insetos e roedores.
“Semana passada vieram e limparam aqui. Hoje já está cheio de novo. À noite é quando mais chegam carros e caminhões, porque o local fica escuro. A prefeitura colocou pedras para impedir a entrada de veículos no mangue, mas ainda assim o pessoal insiste”, contou.
Durante visita ao local, a reportagem encontrou restos de construção, móveis quebrados, madeira, sacos de lixo, lonas e grande quantidade de cocos descartados. Um comerciante da área, que preferiu não se identificar, afirmou que o material é levado por caçambas particulares pelo menos uma vez por semana.
O mesmo comerciante relatou ter sido ameaçado por uma das pessoas responsáveis pelo descarte e criticou a atuação do grupamento ambiental da Polícia Militar. “Eles vêm todo dia de manhã, tiram foto e vão embora. Nada muda”, afirmou.
Em nota, a Emlurb informou que continuará realizando ações de limpeza e que, em parceria com a Secretaria de Ordem Pública e Segurança Cidadã (Seops), vai atuar para identificar os responsáveis pelos descartes irregulares.