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Vandalismo

Metrô do Recife tem furto de 1,2 km de cabos e 30 vidros quebrados em menos de 10 meses

Em quase dez meses de 2025, o metrô do Recife registrou quebra de vidros, furto de cabos e danos em equipamentos de acessibilidade, segundo a CBTU

Cadu Silva

Publicado: 06/10/2025 às 11:50

Metrô do Recife tem furto de 1,2 km de cabos e 30 vidros quebrados em menos de 10 meses
/Fotos: Rafael Vieira

Metrô do Recife tem furto de 1,2 km de cabos e 30 vidros quebrados em menos de 10 meses (Fotos: Rafael Vieira)

O Metrô do Recife registrou, em menos de 10 meses de 2025, o furto de mais de 1,2 km de cabos elétricos e 30 ocorrências de quebra de vidros ocasionadas por vandalismo, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Apesar do valor para reposição das peças danificadas ser relativamente baixo, a depredação do patrimônio público afetou diretamente mais de 100 mil passageiros, nesse período.

Nos trens elétricos, foram contabilizadas 30 quebras de vidros, sendo 18 em janelas, oito em portas e seis em basculantes. O custo estimado para reposição chegou a R$ 182 mil. Ainda segundo a CBTU, a indisponibilidade resultante somou cerca de 107,8 mil lugares, impactando diretamente o transporte de milhares de usuários.

Também foram registradas 20 ocorrências de furto de cabos de rede elétrica, totalizando 1.291 metros de linhas subtraídas. O prejuízo com a reposição desses materiais foi calculado em aproximadamente R$ 5,4 mil.

 

Vandalismo nas estações das Linhas Sul e Centro

Nas estações, os equipamentos de acessibilidade seguem entre os principais alvos. Na Linha Sul, a CBTU registrou pelo menos quatro ocorrências, incluindo danos em corrimão de inox, placas metálicas de fechamento de escadas rolantes e botões de chamada de elevadores na estação Cajueiro Seco.

Na Linha Centro, os problemas se repetem. As escadas rolantes apresentaram, em média, dez pentes danificados por mês, além de seis innercaps e duas botoeiras de segurança quebradas mensalmente.

As substituições de tampas laterais também são constantes, duas por mês, e, somente em setembro, foram instalados 17 novos degraus na estação Joana Bezerra.

Os elevadores da Linha Centro registram cerca de dez botoeiras danificadas a cada mês, além de duas portas empenadas. Outros registros incluem espelhos quebrados, pisos rasgados por carrinhos de ambulantes, cabines arranhadas, lixo acumulado e até urina nas portas.

De acordo com à CBTU, parte dos danos em escadas e elevadores está relacionada ao mau uso dos equipamentos e ao descarte inadequado de lixo pelos usuários.

A concessionária informou ainda que o contrato anual de manutenção do sistema metroviário custa quase R$ 2 milhões.

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