Primavera será de muito calor e baixa umidade, diz APAC
Com início nesta segunda (22), a primavera será uma estação quente e seca, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC)
Publicado: 22/09/2025 às 12:10

A estação, que se inicia nesta segunda (22), será quente e seca, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) (Foto: Rafael Vieira/DP)
A primavera será de muito calor em Pernambuco. A estação, que se inicia nesta segunda (22), será quente e seca, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC). Os próximos três meses serão o com menos chuva no Estado em 2025.
Em conversa com o Diario, o meteorologista Thiago Vale explica como será recebida a primavera no Estado, numa parada brusca das chuvas em todo território pernambucano.
“A mudança de inverno para primavera, é normal ser brusca. A gente sai de um período que é extremamente chuvoso para um período extremamente seco. Isso é comum em todo o Nordeste, Pernambuco está incluso. A gente entra num período em que a temperatura começa a aumentar gradualmente, e a umidade também tende a diminuir gradualmente”.
As poucas chuvas refletem num período mais seco, com baixa umidade, principalmente nas regiões interiores, Agreste e Sertão. Segundo a APAC, no Grande Recife as máximas temperaturas podem chegar aos 32?°C, com umidade entre 50% e 60%. Nas áreas sertanejas, as temperaturas podem chegar próximas aos 40 graus.
“No sertão, a gente vai entrar num período crítico para umidade, que pode chegar a valores considerados de atenção e um pouco críticos, que é abaixo de 20%, principalmente na região agreste e sertaneja. No Sertão pode ter temperaturas próximas aos 40 graus”, diz Thiago.
A região litorânea deve ter uma sensação “mais agradável” em comparação ao interior nos próximos três meses, explica Thiago, muito pela proximidade com o mar.
“Aqui no Grande Recife, por exemplo, como você tem a umidade do oceano, tem ventos mais fortes também. O calor vai aumentar, claro, mas vai ter a sensação térmica mais agradável do que em Sertão”.
Seca
A iminência do calor traz também a preocupação sobre a seca no Sertão, que vem sendo monitorada, segundo o meteorologista.
“A gente vem monitorando e percebemos um avanço da seca extrema no extremo oeste do estado. Então, como esse é um período seco, tem uma diminuição de chuva, um aumento da temperatura, uma baixa da umidade, a expectativa é que essa condição possa ou continuar até o final do ano, ou agravar o período de seca no Sertão e no Agreste também”, comenta.
A situação, segundo Thiago, acompanha a tendência global de aumento de temperatura.
“Nos últimos três anos, não só a primavera, mas o ano todo, vem ficando mais quente, justamente porque a gente teve recordes de temperatura globais. Isso é um aspecto global que pode estar associado com as mudanças do clima”, constata.
Água
O Diario procurou a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para entender como está a situação das barragens no Estado. Segundo a corporação, os níveis são satisfatórios na Região Metropolitana do Recife (RMR).
A barragem que mais preocupa é Jucazinho, em Surubim, no Agreste. O reservatório está em pré-colapso, e opera com apenas 2,5% da capacidade, segundo dados divulgados pela Compesa no último mês de agosto.

