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Estúdio DP

Uso de fone de ouvido contribui para a perda auditiva entre os jovens

Hábitos de escuta não saudáveis aumentam as chances de desenvolver problemas de audição

Luíza Cabral Saraiva - Estúdio DP

Publicado: 20/08/2025 às 07:00

Cristiane Carvalho, fonoaudióloga do Hospital Jayme da Fonte, recomenda o uso de fone de ouvidos tipo concha aos intra-auriculares/Rafael Vieira/DP

Cristiane Carvalho, fonoaudióloga do Hospital Jayme da Fonte, recomenda o uso de fone de ouvidos tipo concha aos intra-auriculares (Rafael Vieira/DP)

Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), a juventude é, atualmente, a camada mais vulnerável à perda auditiva devido a hábitos não saudáveis de escuta: cerca de 1 bilhão de jovens adultos correm o risco de ter perda auditiva permanente devido a hábitos como o uso excessivo de fones de ouvido. No Brasil, 2,2 milhões de pessoas já possuem redução da capacidade auditiva, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde.

A perda auditiva implica uma diminuição na capacidade de ouvir, podendo ser classificada de leve a profunda. Cristiane Carvalho, fonoaudióloga do Hospital Jayme da Fonte, enfatiza que, nos mais jovens, a prevalência é da perda auditiva provocada por infecções de repetição ou subtratadas, predisposição genética e, principalmente, induzida por ruído (PAIR).

“A PAIR é desenvolvida gradualmente devido a exposição por longos períodos de tempo à ruídos acima de 85 decibéis. Acima desse limite, o som pode danificar as células ciliadas do ouvido interno, que são responsáveis pela transdução (conversão) do som em sinais neurais”, alerta a especialista, “Qualquer dispositivo eletrônico que emita som acima de 60 decibéis é considerado prejudicial à saúde dos ouvidos”.

Um dos primeiros sinais da perda auditiva é a falta de retorno ao chamar alguém. Apesar de ser confundida com distração, essa já é uma forte indicação de que a pessoa pode não estar ouvindo com clareza. Outro sinal é a elevação da voz ao falar, à medida que o jovem perde a sensibilidade auditiva, ele tende a falar mais alto para compensar a dificuldade de retorno auditivo, podendo sinalizar perda auditiva em evolução.

O diagnóstico da perda auditiva é feito através de exames que avaliam a capacidade de ouvir sons em diferentes frequências e intensidades, de ouvir tons puros, entender a fala e até medir o nível de atividade da cóclea e do nervo auditivo.

Já o tratamento deve ser definido por um otorrinolaringologista e fonoaudiólogo após avaliação das necessidades do indivíduo. A abordagem dependerá do grau da perda auditiva, podendo ser indicado o uso de aparelhos auditivos, que amplificam os sons, o tratamento de infecções ou acúmulo de cera e até cirurgia.

Com 70 anos de atuação no polo de saúde de Pernambuco, o HJF é referência na assistência à saúde. A unidade conta com um centro de diagnóstico por imagem, urgência e emergência 24h em diversas especialidades, além de consultas ambulatoriais e um moderno centro cirúrgico.

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