Mulher filma importunação sexual sofrida em ônibus no Recife: "Nojento"
O caso aconteceu em um ônibus que fazia a linha Aeroporto-Joana Bezerra
Publicado: 17/07/2025 às 18:53

Passageira importunada sexualmente repreendeu o suspeito (Foto: Reprodução/Instagram)
Uma passageira de 22 anos que estava em um ônibus do Grande Recife foi importunada sexualmente enquanto fazia uma viagem e gravou o momento do crime. O caso aconteceu na tarde de quarta-feira (16) em um veículo que fazia a linha Aeroporto-Joana Bezerra, operada pela empresa Borborema.
Nas imagens é possível ver o suspeito segurando as partes íntimas. Ele estava sentado no assento ao lado da vítima e havia esperado um outro passageiro sair para se aproximar. A mulher percebeu a atitude do homem e também notou que ele estava a encarando.
No entanto, ela não se intimidou e criticou a atitude do homem. “O senhor não tem vergonha na cara não, é? Dá licença, por favor. Eu quero passar. Tenha vergonha, rapaz. Fica se pegando aí olhando para a pessoa”, repreendeu. A passageira ainda disse que o homem era “nojento” e deixou o assento em que estava.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais após as imagens serem compartilhadas. Internautas também comentaram sobre o fato dos outros passageiros terem continuado inertes diante da situação.
Um estudo do Institutos Patrícia Galvão e Locomotiva revela que 73% das passageiras do recife têm muito medo de sofrer assalto, furto ou sequestro relâmpago. A pesquisa também destaca que, na capital pernambucana, 72% das mulheres disseram ter muito medo de sofrer estupro, número superior à média nacional, que é de 66%.
Enquanto 58% das brasileiras afirmam ter muito medo de sofrer importunação ou assédio sexual, 65% das moradoras da capital pernambucana sofrem com este receio.
Além disso, 63% das moradoras do Recife disseram já ter sofrido algum tipo de violência durante o deslocamento. Entre essas violências, foram reportados: estupro (37%), racismo (7%), agressão física (4%), discriminação por características físicas (14%), importunação sexual (17%), assalto, furto ou sequestro relâmpago (37%) e olhares insistentes ou contatos indesejados (34%).
Os dados revelam que a maioria dessas violências ocorreu enquanto elas estavam em transporte público ou caminhando.

