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Segunda dose de vacina contra sarampo, caxumba e rubéola tem baixa procura em Pernambuco, diz pesquisa

Os dados fazem parte do Anuário VacinaBR 2025, que mostra que apenas a vacina foi aplicada apenas em 45,9% do público-alvo em 2023

Adelmo Lucena

Publicado: 18/06/2025 às 16:35

Pesquisa leva em conta dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI)/Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Pesquisa leva em conta dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A aplicação da segunda dose de algumas vacinas em tem se tornado um desafio para Pernambuco, com índices de adesão baixos, segundo o Anuário VacinaBR 2025. De acordo com o levantamento, o imunizante que previne contra o sarampo, caxumba e rubéola teve sua segunda dose aplicada em apenas 45,9% do público-alvo em 2023.

A pesquisa é uma publicação do Instituto Questão de Ciência (IQC) baseada em dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).

O anuário mostra que, enquanto a primeira dose (tríplice viral) alcançou 88% das crianças de 1 ano, a segunda dose, que pode ser feita com a vacina tríplice viral ou tetraviral, foi administrada em apenas 45,9% do público-alvo em Pernambuco. A diferença indica um índice elevado de abandono vacinal, superior a 40 pontos percentuais, e distante da meta nacional de 95%.

Outro ponto de atenção é a vacina HPV, cuja cobertura nacional segue baixa, especialmente entre adolescentes. Embora o anuário não destaque percentuais estaduais nessa seção, Pernambuco acompanha a tendência nacional de adesão abaixo do ideal, em grande parte devido à hesitação vacinal e barreiras no acesso.

Por outro lado, Pernambuco registrou bons resultados com a vacina pneumocócica 10-valente, que previne formas graves de pneumonia, otite e meningite. Os dados indicam:

  • 1ª dose: 91,8% de cobertura
  • 2ª dose: 92,3%
  • 1º reforço: 88,0%

Apesar de não alcançar a meta de 95%, o estado se mantém entre os que apresentam cobertura mais elevada para esse imunizante, com baixo abandono entre as doses.

Em comparação, a média nacional ficou abaixo da meta de 95% para todas as doses, com queda mais acentuada no reforço, e apenas dois estados (Tocantins e Rondônia) atingiram a meta em alguma dose. O desempenho de Pernambuco, embora também abaixo da meta, é mais homogêneo e superior ao da maioria dos estados.

Outro desempenho positivo foi observado na vacina contra hepatite B, com dados nacionais indicando coberturas próximas a 90% e Pernambuco mantendo-se dentro da média nacional.

Brasil

O relatório destaca que, desde 2015, as coberturas vacinais vêm diminuindo em todo o Brasil, com sinais de recuperação em 2022 e 2023, após a queda mais acentuada durante a pandemia de Covid-19.

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