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Situação de emergência

Crise em UTIs: UPAs 24 horas viram alternativa para receber crianças

A medida foi anunciada, nesta quarta (28), pelo Estado para atender pacientes em leitos pediátricos

Diario de Pernambuco

Publicado: 28/05/2025 às 15:06

Leitos foram abertos, mas não supriram demanda /Divulgação

Leitos foram abertos, mas não supriram demanda (Divulgação)

O Governo de Pernambuco abriu leitos de suporte ventilatório em todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas de Pernambuco.


A medida foi anunciada, nesta quarta (28), após o Estado decretar a situação de emergência na rede pública de saúde infantil.

Com isso, o governo tenta amenizar os problemas provocados pela superlotação das UTs neonatais e pediátricas.


Embora tenha divulgado essa ação, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) não tinha informado, até a última atualização desta matéria, qual a lista de espera por esses leitos.

Ações


Segundo o secretário executivo de gestão estratégica e coordenação-geral da SES, Anderson Oliveira, esses leitos das UPAS 24 horas seriam uma alternativa para as crianças que estão esperando a disponibilidade em uma UTI.


“Os leitos de suporte ventilatório abertos pelo estado se assemelham bastante a um leito de UTI. Praticamente, tem o mesmo cuidado. Isso é uma alternativa criada para que essas crianças possam ser atendidas, enquanto aguardam a disponibilidade de uma vaga de UTI,” destacou Anderson Oliveira.

Segundo ele, os principais problemas para atender crianças em UTIs estão no Grande Recife, Palmares, na Mata Sul, Goiana, na Mata Norte e Limoeiro, no Agreste, assim como em Salgueiro, Petrolina e Ouricuri, no Sertão.


Conforme Anderson Oliveira, o estado também está fazendo o credenciamento leitos em outras redes, para contar com hospitais privados e filantrópicos.

Além da abertura desses leitos, o estado disse que está disponibilizando outras ações para tentar diminuir os altos índices com teleinterconsultas, a fim de agilizar o direcionamento e o manejo adequado dos casos.

Causas para o estado de emergência

Uma das causas para a emergência na rede pública infantil é a alta taxa de crianças e adolescentes com casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.


De acordo com dados da 21ª semana epidemiológica (24/05/2025), foram notificados 2.544 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), dos quais 1.746 (68,7%) ocorreram em crianças de 0 a 14 anos e 798 (31,3%) em pessoas com 15 anos ou mais.

Outro fator que contribui para essa superlotação nos leitos, segundo Anderson Oliveira, é a falta de equipes especializadas para área de pediatria.

“Nós enfrentamos uma situação que, infelizmente, é normal no estado, e que também é normal no Brasil, que é a falta de equipe especializada para o atendimento em uma situação dessa de pediatria. Nós também não temos a vacina ainda no SUS para o vírus especial respiratório, que poderia evitar que essas crianças adoeçam”, ressaltou Anderson Oliveira.

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