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MPPE pede arquivamento de caso de homem que morreu eletrocutado em fio partido ao proteger crianças

Para o MPPE, não foram identificadas circunstâncias que indiquem culpa externa e, por isso, solicitou o arquivamento do inquérito

Mareu Araújo

Publicado: 02/06/2025 às 16:33

Fachada do Ministério Público de Pernambuco, no bairro de Santo Antônio/Foto: DP/Arquivo

Fachada do Ministério Público de Pernambuco, no bairro de Santo Antônio (Foto: DP/Arquivo)

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pediu o arquivamento do inquérito policial que investiga a causa da morte de Wemerson Lino da Silva. O autônomo, de 36 anos, morreu eletrocutado ao tentar remover um fio elétrico rompido sobre a calçada, em 5 de setembro do ano passado, para proteger crianças que brincavam na rua.

No pedido, o MPPE afirma que a investigação não revelou “qualquer elemento” que indicasse a prática de crimes por terceiros e “tampouco omissão penalmente relevante por parte de concessionária de energia ou outro responsável direto pela fiação”.

“A vítima agiu movida por impulso instintivo de proteção às crianças que brincavam no local, tendo, no entanto, inadvertidamente, manipulado um fio elétrico rompido sem os devidos cuidados ou equipamentos de segurança”, diz o promotor de Justiça Leandro Guedes Matos.

Além disso, o MPPE declara que não foram identificadas circunstâncias que indiquem culpa externa, o que afasta a possibilidade de responsabilização penal.

Na época do caso, a Neoenergia disse em nota que, ao ser comunicada do acidente, encaminhou “equipe ao local para eliminar os riscos e adotou as medidas cabíveis”. Afirmou que auxiliaria a investigação e que estava à disposição da família.

O Diario de Pernambuco entrou novamente em contato com a concessionária e aguarda retorno.

Relembre

Conhecido como Calango, Wemerson morreu eletrocutado após mexer em um cabo de energia, na na Rua Laurindo Rabelo, no bairro de Vera Cruz, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. O caso aconteceu em setembro de 2024.

Segundo relatos de populares, ele faleceu quando tentava salvar uma criança de um fio que se partiu no local.

Essa criança passava pela rua, onde o fio estava jogado. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas, ao chegar, a vítima já estava sem vida. A Polícia Civil e o Instituto de Criminalística foram acionados para investigar o caso. Por meio de nota oficial, a polícia informou na época que investigava o caso como "morte a esclarecer".

 

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