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Política
GOLPE

Supremo condenou 24 réus pela trama golpista

Maior pena até o momento é a do ex-presidente Jair Bolsonaro, com mais de 27 anos de prisão, e somente um réu foi absolvido pelos ministros da Primeira Turma

Diario de Pernambuco

Publicado: 21/11/2025 às 06:00

Julgamento da Ação Penal 2696 - Núcleo 3/Antonio Augusto/STF

Julgamento da Ação Penal 2696 - Núcleo 3 (Antonio Augusto/STF)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 24 réus envolvidos em diferentes níveis da tentativa de golpe de Estado. Na última terça-feira, o STF condenou nove dos 10 réus do núcleo 3 do plano para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições de 2022. A maior pena - 27 anos e três meses de prisão em regime fechado - foi imputada a Bolsonaro.

Até o momento, os condenados são membros dos núcleos 1, 3 e 4 da trama golpista. A maioria dos réus foi enquadrada por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

As condenações em geral dos réus da trama golpista variam de um ano e 11 meses a 27 anos e três meses de prisão. Até agora, o general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), foi o único absolvido pela Primeira Turma, que é composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.

Ainda na fase investigatória, os 34 acusados da tentativa de golpe de Estado foram divididos em núcleos de acordo com suas funções. O núcleo 1, do qual faz parte Bolsonaro e outros sete aliados, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, é considerado “o núcleo crucial da organização criminosa” e tem o ex-presidente como líder da trama. Já o núcleo 2, que ainda será julgado, tem seis réus que tinham o papel de gerenciar as ações da organização.

O núcleo 3, com dez réus denominados de "kids pretos", seria responsável por pressionar comandantes das Forças Armadas para viabilizar o golpe e executar planos para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD) e o ministro Alexandre de Moraes. Enquanto o núcleo 4, com oito integrantes, era o responsável pelas estratégias de desinformação com disseminação de fake news.

 

* Com Estadão Conteúdo

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