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Cármen Lúcia: "O que há de inédito nesta ação é que nela pulsa o Brasil que me dói"

Retomando o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, a ministra Cármen Lúcia abriu seu voto

Diario de Pernambuco

Publicado: 11/09/2025 às 15:06

Ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF)/Antonio Augusto/STF

Ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) (Antonio Augusto/STF)

Retomando o julgamento do núcleo 1 da trama golpista nesta quinta-feira (11), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que a ação penal que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito é “inédita” por marcar o encontro do Brasil do presente com seu passado e futuro.

“Toda ação penal impõe um julgamento justo, e aqui não é diferente. O que há de inédito nesta ação é que nela pulsa o Brasil que me dói. É quase um encontro do Brasil com o seu passado, presente e futuro, especificamente na área das políticas públicas dos órgãos de Estado”, discursou.

Na abertura de seu voto, a ministra afirmou que o processo lhe lembrou da obra “Que país é este”, de Affonso Romano Sant'anna, publicado em 1990.

“Outro dia, um queridíssimo amigo, Afonso Borges, me levou a reler e pensar sobre uma grande obra de Affonso Romano Sant'anna, ‘Que País é Este’. Alí, o autor poetava em sofrimento: Uma coisa é um país, outra um fingimento; uma coisa é um país, outra um monumento; uma coisa é um país, outra um aviltamento. Eram tempos difíceis aqueles os foi produzido esse poema tão doído”, disse a ministra.

 

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