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"Processo penal é prova, não disputa política ou ideológica", diz Barroso sobre julgamento no STF

Barroso também relacionou o julgamento com o período da ditadura militar, que não havia devido processo legal, nem transparência nos julgamentos, e atualmente 'tudo tem sido feito à luz do dia'

Diario de Pernambuco

Publicado: 08/09/2025 às 12:49

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso/Foto: Roberto Jayme/Agência Brasil

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso (Foto: Roberto Jayme/Agência Brasil)

Às vésperas da retomada do julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e seus sete aliados do núcleo 1 da trama golpista, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (8) que a ação penal é sobre provas e não disputa política.

O ministro destacou que o Supremo e seus ministros têm atuado baseados na Constituição e comentou que aguarda a decisão do julgamento para fazer seu pronunciamento em nome do STF.

“Não gosto de ser comentarista do fato político do dia e estou aguardando o julgamento para me pronunciar em nome do Supremo Tribunal Federal. A hora para fazê-lo é após o exame da acusação, da defesa e apresentação das provas, para se saber quem é inocente e quem é culpado. Processo penal é prova, não disputa política ou ideológica”, argumentou o presidente do STF.

Barroso também relacionou o julgamento com o período da ditadura militar e ressaltou que no antigo regime não havia devido processo legal, nem transparência nos julgamentos, e atualmente 'tudo tem sido feito à luz do dia'.

“Tendo vivido e combatido a ditadura, nela é que não havia devido processo legal público e transparente, acompanhado pela imprensa e pela sociedade em geral. Era um mundo de sombras. Hoje, tudo tem sido feito à luz do dia. O julgamento é um reflexo da realidade. Na vida, não adianta querer quebrar o espelho por não gostar da imagem”, destacou o ministro.

O presidente do STF, que não integra a Primeira Turma do Supremo, que julga o núcleo crucial da trama do golpe, está em viagem na França e tem previsão de retorno à Brasília na terça (9), dia da retomada do julgamento.

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