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Sessão solene na Câmara dos Deputados marca 20 anos da morte de Miguel Arraes

A proposição da homenagem foi de autoria da deputada federal Maria Arraes (SD/PE), neta do ex-governador,

Diario de Pernambuco

Publicado: 13/08/2025 às 15:26

Sessão solene na Câmara dos Deputados marca 20 anos da morte de Miguel Arraes
/Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

Sessão solene na Câmara dos Deputados marca 20 anos da morte de Miguel Arraes (Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados)

O ex-governador Miguel Arraes foi homenageado nesta quarta-feira (13) em sessão solene realizada na Câmara dos Deputados, marcando os 20 anos de sua morte. A proposição, de autoria da deputada federal Maria Arraes (SD/PE), neta do ex-governador, reuniu filhos, netos e bisnetos de Arraes, além de políticos e ministros.

Maria Arraes ressaltou que suas lembranças do avô são principalmente aquelas contadas pelo povo, já que tinha 11 anos quando ele faleceu. “Quis o destino que eu, depois de adulta, descobrisse um novo tipo de lembrança: uma lembrança que não é minha, é do povo. Rodar o estado de Pernambuco é como ler um livro sobre vovô. Cada região, cada município, cada feira, é um capítulo diferente. São testemunhos vivos de que sua obra permanece”, afirmou.

Maria também lembrou que a data marca os 11 anos de falecimento de seu primo Eduardo Campos e do tio Carlos Augusto Leal Filho, mais conhecido como Percol, ex-assessor de Campos.


Para a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA), que também propôs a homenagem, Arraes deixou um legado de coerência, convicções firmes e defesa intransigente da soberania nacional. “Assim era Arraes, um homem que cumpria o que falava, que tinha convicções firmes, que batia contra as privatizações, que nunca deixou de ter sua bandeira levantada pela soberania do nosso país. Arraes é um homem para ser louvado sempre”, destacou.

Em seu discurso, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que Arraes continua sendo uma referência para a boa política. “No golpe de 64, os militares lhe ofereceram a alternativa de renunciar, e ele disse que não, porque havia sido eleito pelo povo e não trairia o povo de Pernambuco. Isso é algo que ele deixou para todos nós, e que, para nós, políticos, é uma referência muito importante sobre qual deve ser a conduta de um militante verdadeiramente comprometido com a luta do seu povo”, afirmou.

João Campos (PSB), bisneto de Miguel Arraes e prefeito do Recife, disse que o exemplo deixado por Arraes deve guiar as novas gerações na defesa da democracia. “Que a história dele seja uma referência para essa nova geração que precisa conhecer a luta que foi para conquistar a democracia do país, o quão jovem ela é e quão inacabada ela sempre será. Então que a gente possa ter no nosso coração e na nossa prática a vida de Miguel Arraes como um farol.”

Após a sessão solene, os presentes participaram do descerramento da placa que oficializa a mudança do nome da sala do Colégio de Líderes para Sala de Líderes Miguel Arraes, também proposição da deputada Maria Arraes e aprovada em plenário, simbolizando a perpetuação do seu nome no centro do debate político nacional.

Estiveram presentes aos atos de homenagem o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE); os senadores Fernando Dueire (MDB-PE) e Teresa Leitão (PT-PE); o deputado federal Pedro Campos; a ex-deputada federal Marília Arraes; além de outros políticos, familiares do ex-governador e militantes.

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